terça-feira, 29 de setembro de 2009

Polanski provocou a própria prisão com uma alegação ao procurador



p/ a euronews, com Beatriz Beiras

Em 1977 Roman Polanski fez um acordo com o Procurador de Los Angeles: declarava-se culpado de ter relações sexuais ilegais com uma menor de 13 anos de idade e, em troca, era condenado a 42 dias de prisão, que já cumpriu.
O cineasta também foi acusado de dar drogas e álcool à vítima, Samantha Geimer.
Mas Polanski não esperou que fosse ditada a sentença, convencido de que o juiz (que, entretanto, morreu) não ia respeitar o acordo e o ia enviar muitos anos para trás das grades. Em 1978, fugiu para França e não regressou aos Estados Unidos.
Passaram mais de 30 anos, ao longo dos quais,. Polaski construi uma carreira de sucesso coroada de prémios. A justiça americana tentou, várias vezes, prendê-lo, mas o cineasta foi sempre mais rápido do que a burocracia - nomeadamente nas tentativas de detenção em Inglaterra e no Canadá. O amigo Volker Schloendorff explica:
"No Verão, quando fez este filme, veio cá visitar-me. Estivémos juntos e repetiu que havia certos países onde não ia. Mas não esperava uma detenção na Suíça, assim como ninguém."
A detenção na Suíça, no dia 26 do corrente, suscita algumas interrogações. Porquê agora, que Polanski tem uma casa em Gstaad e é assíduo na região?
Jean Rosenbluth, jurista americana, considera isto um erro dos advogados nos Estados Unidos.
"No recurso feito antes da moção ser recusada, ele terá, aparenteemtne, afirmado, ou os advogados, que o gabinete do procurador não o tentou encontrar nos últimos 30 anos e não o queria encontrar por alegada má gestão do dossiê".
Foram estas alegações que incitaram o gabinete do procurador a encontrar uma situação em que pudesse deter Polanski. O que aconteceu na Suíça, que tem um Tratado de Extradição com os Estados Unidos e onde o delito de que Polanski é acusado não prescreve.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Reclamação CP

Da Figueira da Foz, fui de carro a Pombal "apanhar o Intercidades" das 4:25 (o das 3:30 chegaria com demasiada antecedência) para Lisboa no dia das eleições legislativas. À porta da estação de Pombal, o ambiente estava acalorado: agentes da PSP, muitos automóveis mal estacionados, muitos jovens e familiares...demasiada gente. Qual o meu espanto, quando chegou a minha vez, e ouvi o funcionário dizer que não havia lugares desde o Intercidades anterior nem para o das 4 ou das 6 e tal, nem em 1a. Estranhei: quando eu estudava Direito em Lisboa e ia a Alfarelos - por mais soldados ou estudantes que houvesse ao domingo, ninguém ficava em terra. Então não podiam atrelar duas ou três carruagens, então não podiam criar alternativas com outros comboios ou autocarros fretados pela CP? Não, respondeu-me o homem já agastado...e eu a insistir: tinha de chegar às 6:30 pm ao aeroporto para fazer o check in para o voo da TAP Lisboa/Lyon. Não e não.
Pergunto agora: que fazem os administradores que não administram as empresas públicas ou que não antecipam problemas com base em sondagens e notícias dadas com tanta antecedência em relação às eleições? Não sabiam que ia haver uma supermobilidade com base nas sondagens? Não criaram alternativas porquê? Eu tive uma mãe que acabou por me levar ao aeroporto e tivémos a sorte da portagem não estar bloqueada. Mas outros ficaram para trás. Uma estudante foi maltratada por não terem querido aceitar o desconto de estudante num lugar de 1a dois comboios depois daquele que ela precisava. Está tudo doido? Acho que devem ler com atenção as reclamações que vos vão chegar às mãos do dia 27 de Setembro. Por mim, quero apenas que me respondam porque é que a CP de há 25 anos tinha alternativas para os utentes e a CP do séc XXI não tem. Querem assim tanto fazer o TGV para tratar tão mal o que de melhor temos? O que é para vós a mobilidade? Andarmos, cada um, no seu poluente automóvel?
Maria João Carvalho
Jornalista na Euronews
Utente de todos os transportes públicos e privados

resposta da CP:


Exº Senhor (a)



Agradecemos desde já o seu contacto.

Nesta data foi enviado à nossa Unidade de Negócio:


CP Longo Curso

para tratamento e informação posterior




Melhores cumprimentos

Confraria do Arroz entroniza Zé Carvalho

A CONFRARIA DO ARROZ E DO MAR entronizou José Carvalho a título póstumo; todos o conheciam ou por Zé do Búzio ou por Zé Gémeo. A sua irmã Júlia Curado teve o cuidado de partilhar connosco o que foi dito na cerimónia, o que muito agradecemos com amizade e reconhecimento (infelizmente não estou a conseguir publicar a foto que a Júlia enviou com o texto; vai uma de arquivo).





JOSÉ HENRIQUE MENDES RODRIGUES DE CARVALHO nasceu há 53 anos na cidade da Figueira da Foz, mais precisamente a 5 de Março 1956.



O Zé Henrique de Carvalho julgo que dispensa de grandes apresentações, mas podemos dizer que:

- Nasceu e cresceu no seio de uma família em que as palavras de ordem foram sobretudo a solidariedade e amizade sem olhar a quem, valores que o ZÉ sempre soube preservar com o coração aberto.



Toda a educação básica do Zé Gémeo se processou nesta cidade, desde o Jardim-Escola João de Deus, passando pela Escola Primária Conde Ferreira e Ensino Preparatório na Velha Academia Figueirense, bem como posteriormente o Secundário no então Novo Liceu Nacional da Figueira da Foz.



Foi a partir do enlace do Zé com a Rosa, já em Abril de 1990, que em seu nome pessoal e como sócio gerente do Restaurante Búzio, se dedicou à defesa, valorização, difusão e promoção da Cozinha Regional da Figueira da Foz, bem como de outras Regiões.



Participou nos mais diversos eventos gastronómicos e culturais, nomeadamente nos da “Confraria do Arroz e do Mar”, tendo sempre por objectivo difundir e promover a nossa gastronomia desde o Arroz ao Pescado da Figueira da Foz e Baixo Mondego, difundindo igualmente os vinhos da região da Figueira, levando o nome da Figueira da Foz aos mais variados destinos.



Nos numerosos eventos, convívios e festivais gastronómicos em que cooperou promoveu sempre o nome da Figueira quer a nível nacional quer a nível internacional, tendo participado no Festival Gastronómico de Santarém, de Lisboa, chegando a representar o Município da Figueira da Foz na Casa de Portugal em Toronto, no Canadá.



F.Foz, 19.Setembro.2009





+++++++++



Como foi dito, o Zé Henrique colaborou por diversas vezes com a Confraria do Arroz e do Mar, a última das quais aquando da Feira Gastronómica de Santarém, ocasião em que o Zé manifestou vontade de pertencer à Confraria. A intenção desta entronização datava assim de há meses atrás, o que não foi possível concretizar por “falta de tempo”.

Uma vez que não tinha havido mais nenhum Capítulo após a participação da Confraria na Feira de Santarém foi decidido proceder, agora à entronização do Zé, a título postumo.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Primeira morte de e apenas gripe A

E eis que aconteceu o que todos temiam: o vírus HN1N1 parece já estar em mutação. Em França, morreu o primeiro paciente de gripe A sem patologias associadas. O jovem sadio de 26 anos que morreu em St Étiènne (uma hora de Lyon) morreu devido à insuficiência respiratória causada pela gripe, morreu no hospital depois de ter ido às urgências com 38,5° de febre e problemas a respirar. Estava muito preocupado com a namorada, também com gripe A. Ela está bem e ele, sem que nada o fizesse adivinhar, morreu.
A questão que se coloca em França é que todas as pessoas a quem está a ser diagnosticada virosa respiratória possivelmente causada por gripe A não fazem o teste se não pertencerem a grupos de risco. Só que estes pacientes têm de saber se transmitiram ou não o vírus em fase de incubação aos camaradas de trabalho, incluindo as grávidas e diabéticos que estão ao lado!
Aqui na redacção ainda não foram entregues esponjas para uso individual nos microfones e não há toalhetes nas cabines de mixagem (para passar no écran que se activa com o dedinho) mas não há crise. Os jornalistas são cool: vêm de curar a gripe de casa e riem com o facto de continuarem sem saber se foi mais A ou menos A... cada um têm o próprio frasquinho de líquido para lavar as mãos entregue na recepção desta casa! Lol!

Foram registados cerca de 40 mil casos de gripe A França e Ultramar - Nova Caledónia, Martinica, etc...) Esta foi a primeira morte ocorrida em território continental. Nas colónias houve mais três ou quatro mortes de gripe A sem doenças associadas.

Imagem do dia: Andromeda

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Lixo nuclear da N'Drangheta no Mediterrâneo

Lixo nuclear da Mafia calabreza no Mediterrâneo é a ponta do véu (MJC c/ Fabien Farge para a Euronews)




O Cunsky, o navio de cerca de 120 metros de comprimento que foi afundado a uma profundidade de 500 metros pela mafia calabresa, N'Drangheta, não foi o primeiro a sofrer tal destino. Devem estar 32 cargueiros com produtos tóxicos no fundo do Mar Mediterrânico.



No porão do Cunsky estão 120 bidons de detritos radioactivos, encontrados no sábado ao largo da Calábria, graças ao testemunho do mafioso arrependido Francesco Fonti.



A Mafia calabresa terá sido paga nos últimos 20 anos, para afundar o lixo nuclear...políticos europeus, altos funcionários e empreiteiros que quiseram contornar a lei. Em 2007, oito responsáveis de uma instituição pública de pesquisa energética já tinham sido apontados como supeitos.



Graças às imagens subaquáticas, o Tribunal de Reggio-Calabria procura determinar a origem dos detritos vindos do estrangeiro, sem dúvida da Europa do Norte, conforme as primeiras investigações.



Este caso acaba por colocar em destaque outros processos suspeitos ao longo dos anos por diferentes grupos ambientalistas como o Greenpeace, o Legambiente ou WWF, que denunciaram o envolvimento da N'Drangheta no desaparecimento de cargueiros de transporte de lixo nuclear.



Casos que não dizem respeito apenas à Itália , segundo Silvestro Greco, responsável da protecção do ambiente da região da Calábria:



"Este problema não é só nosso, é de toda a comunidade internacional. O Mar Mediterrâneo constitui apenas 0,7 por cento dos mares do planeta. nesta pequena porção há mais de 30 embarcações destas, imagine-se no resto do mundo".



Foram constituídas duas comissões parlamentaresde italianas - antimafia e lixo nuclear - para ouvirem Silvestro Greco a partir de 24 de Setembro.



Apesar de ter sido constituida, também, uma célula governamental, muitos políticos defendem que Silvio Berlusconi visite o local ou que classifique este assunto ambiental como urgente.



Um relatório médico ainda não divulgado relaciona a alta taxa de mortalidade por cancro em várias comunidades da província calabreza de Cozenza nos últimos 15 anos.

Durão Barroso

Durão Barroso é um autêntico camaleão da política, pragmático e voluntarioso. Tem apenas 53 anos de idade mas um percurso invejável, iniciado na época de todas as utopias da Revolução de Abril. Foi nos comícios do MRPP que viveu os primeiros tempos de militância. Nos anos 80 encontrou um rumo no PSD.

Santana Lopes, secretário de estado da Cultura, falou insistentemente a Cavaco Silva, então primeiro-ministro, do que considerava a extrema inteligência de Durão Barroso e que este merecia um lugar no governo.

Cavaco Silva convidou-o para ser sub-secretário de Estado no Ministério de Assuntos Internos, cargo que ocupou de 1985 a 1987.

À frente dos Assuntos Africanos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, empenhou-se rapidamente na questão da Namíbia - com happy ending em 88, e a assinatura dos Acordos quadripartidos de Nova Iorque. Com Herman Cohen e Margareth Anstee foi o artesão da reconciliação em Angola - já tinha sido um dos impulsionadores dos Acordos de Bicesse. .

Foi ministro dos Negócios Estrangeiros (1992-1995).
Primeiro ministro em 2002.


Atlantista assumido, protagonizou a cimeira dos Açores dos líderes europeus favoráveis à guerra no Iraque. Tony Blair propôs Durao Barroso como presidente da Comissão Europeia em 2004.


Em Novembro, Durão Barroso estreou-se em Bruxelas com um programa liberal, uma controversa directiva sobre a liberalização dos serviços e a defesa do princípio de que se deve "legislar menos e melhor".



Mas, logo a seguir teve de enfrentar a crise institucional provocada pelo não francês e o nãoholandês à Constituição Europeia.



"Lamentamos a escolha feita por um Estado membro que, há 50 anos, é um dos motores essenciais da construção do futuro em comum".

A França e a Alemanha consideraram-no passivo demais em realção à crise financeira mundial, mas o presidente da Comissão Europeia logo se converteu à regulamentação dos mercados, adoptando um discurso mais social.


"Quero trabalhar para uma europa que desenvolva novas fontes de crescimento e coesão social, crescimento verde, que assegure uma regulamentação mais inteligente da Saúde e dos Mercados, com respeito pela ética, em que os mercados estejam ao serviço dos cidadãos, para o emprego e bem-estar".


Os barrosistas e liberais, em geral, defendem que o segundo mandato do presidente da Comissão Europeia vai ser supra-partidário; e Durão Barroso garante: o meu partido político é a Europa.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Salvem o Cabedelo


Um grande bem haja a todos...


A comissão SOS Cabedelo tem o prazer de anunciar o "DIA DAS ONDAS" 19 de Setembro de 2009 na Praia do Cabedelo.


"O DIA DAS ONDAS"

programa:

10h - Escolas gratuitas de todos os desportos de ondas.
14h - Ensaio para a realização de o maior logótipo humano no mar.
16h - Musica e Porco no espeto para todos os participantes.
21h - Festa com o D'J Zé Salvador em Local a anunciar.

À noite a festa está a cargo dos D'Js Miguel Ribeiro, Ricardo Puto e Zé Salvador, teremos muitos prémios surpresa para sortear.

Se enviares este mail a todos aqueles que mais gostas (ou não) não te deve acontecer nada de especial; mas o surf e as suas ondas agradecem imenso os minutos perdidos nesta causa. Por isso toca a passar a palavra.

Tráz o Fato a Prancha o Kayak o Skiming, a boia e ou as braçadeiras ou mesmo nao tragas nada pois nós temos cá para te emprestar...

Mas o mais importante é que venhas e tragas um amigo também (onde é que eu já ouvi isto hein???)


Vamos mostrar a força que o surf tem...

Vem Salvar esta onda.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Erros graves em relação aos atentados de 11 de Setembro

Um filme documentado nos testemunhos dos sobreviventes, socorristas, telefonemas registados dos condenados à morte nos atentados às Torres Gémeas confirma o que todos sabíamos há muito: a manipulação dos Media para ocultar os atropelose desvarios dos norte-americanos depois dos ataques e os defeitos de construção.



As pessoas que resolveram descer da segunda torre, depois de saberem que a primeira estava em chamas, foram impedidas de sair e mandadas de regresso aos escritórios pela segurança do hall de entrada e pelos representantes dos patrões de várias empresas.
Os que estavam sem saída nos andares armadilhados pela explosão, foram proibidos de sair dos escritórios por telefone...bem rezavam para os helicópteros os irem buscar mas os pilotos também se recusaram "por ser demasiado arriscado". Quando pediram para partir as janelas, proibiram-nos terminantemente de o fazer - só muito depois da segunda explosão no outro prédio, foram autorizados a partir as janelas para respirarem.
As escadas das Torres eram descontinuadas. Chegava-se a determinado andar e tinha de se voltar a entrar, atravessar os escritórios e corredores enfumarados ou em chamas e procurar uma porta que desse para a continuação das escadas..de preferência que descessem....pelo caminho nesses labrínticos espaços estavam escondidas pessoas, sem saberem que as paredes eram de gesso - tal a ilusão de grandeza que aquelas construções davam...um simples pontapé numa delas salvou um grupo de meia dúzia de sobreviventes encolhidos no chão de uma casa de banho.
Fiquei a saber que mais de 100 pessoas saltaram de um só andar de escritórios, quando a maioria , no interior, já jazia inanimada (o jornalista francês que acompanhava os bombeiros para um outro filme registou o som dos corpos a cairem e a imagem de uma maca com um dos "jumpers" sem braços e sem pernas, mas ainda vido, a ser levada pelos bombeiros).
Mas a maior de todas as afrontas é a ordem de comando que condenou à morte todos os bombeiros que subiram as escadas dos andares imediatamente inferiores à segunda explosão quando já se sabia que o prédio já estava condenado.
A Casa Branca devia era pedir desculpa por não ter assumido os erros cometidos logo no início do dia...por não ter dado ordem de evacuação imediata de toda a zona, por não ter aceite a informação das diferentes polícias sobre Osama antes dos atentados, por não ter coordenado a situação de emergência a partir do primeiro minuto.

Angola processa advogado português Cruz Martins

Jornal O País



Francisco da Cruz e dois sócios são acusados de lesarem os interesses angolanos emais de 150 milhões de dólares
A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou esta semana, em Luanda, que apresentou uma queixa-crime contra o advogado português Francisco Maria Guerreiro da Cruz Martins, do escritório Gomes da Silva, Cruz Martins, Campos, Gandarez & Associados.


O comunicado da PGR, que foi divulgado na segunda-feira, 7, especifica que o acusado terá lesado os interesses do Estado angolano em mais de 150 milhões de dólares. Ao causídico foi confiada uma tarefa profissional “em determinado momento histórico”, assim como outros intervenientes da referida missão, cujos nomes a PGR não avançou ainda. As autoridades angolanas, que acreditam num excelente desempenho das instituições judiciais lusas neste caso, serão representadas pelo escritório de advogados Amaral Blanco, Portela Duarte e Associados (ABPD), de José Ramada Couto.


Tendo em conta a especificidade do assunto, as autoridades judiciais portuguesas criaram uma equipa de investigação especial da Unidade de Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária local. Pelo menos sete testemunhas, incluindo angolanas, terão sido ouvidas pelo Procurador Orlando Figueira e, segundo a imprensa portuguesa, tudo indica que o processo não será arquivado, porque há indícios de que haverá arguidos. Em Portugal, a imprensa aventa a hipótese de o Procurador-Geral da República, João Maria Moreira de Sousa, deslocar-se a este país ainda este mês para um encontro com o seu homólogo português Pinto Monteiro.


Em Agosto, o jornal Expresso Dani Costa havia confirmado junto da Procuradoria-Geral a denúncia apresentada pela sua congénere angolana, referente “a compras de acções do Banco Internacional do Funchal (BANIF) e que o caso diz respeito a um acordo feito em 1994” para que se adquirissem até 49 por cento desta instituição financeira.


De acordo com o mesmo periódico, numa primeira fase o Estado angolano transferiu cerca de 70 milhões de euros para tomar uma posição relevante no BANIF, uma instituição financeira fundada e detida maioritariamente pelo empresário Horácio Roque, ex-companheiro da antiga secretária da UNITA para as Questões Económicas, Fátima Roque. Outras movimentações financeiras seguiramse perfazendo aproximadamente 100 milhões de dólares. O acusado, Francisco Cruz Martins, foi entre 1994 e 2000 administrador não executivo do banco em questão. Foi neste período, segundo o Expresso na sua edição de 22 de Agosto, que o Estado manifestava os primeiros interesses de investir no sector bancário em Portugal.


As acções que representavam nunca chegaram a pertencer ao Estado angolano. E no ano passado as autoridades angolanas apresentaram a primeira denúncia à PGR portuguesa, para descobrir o paradeiro do dinheiro. Os jornais portugueses apontaram nos últimos dias, os nomes dos outros dois supostos intervenientes do processo, os empresários António Figueiredo, líder do grupo ETE, e Eduardo Capelo Morais, dois antigos membros do Conselho Consultivo do Banco.

O último terá sofrido um acidente em Junho deste ano na Sardenha, onde sofreu lesões graves, uma paragem cardíaca, esteve em coma induzido e corre o risco de ficar paraplégico. Os três, nomeadamente Cruz Martins, António Figueiredo e Eduardo Morais representavam empresas que detinham mais de 20 por cento das acções do banco.


Segundo o diário português I, “Francisco Cruz Martins e António Figueiredo compraram acções do banco. De resto, o advogado enviou para Angola uma nota de honorários no valor de 19 milhões de euros, reclamando o pagamento dos seus serviços: justamente a compra de 49 por cento do BANIF”. “Se as acções foram de facto compradas com o dinheiro de Angola, é evidente que o Estado reclame a correspondente participação no capital social do BANIF. O desejo é ter acções”, avançou ainda o I, na sua edição terça-feira, 8, citando uma fonte alegadamente angolana, que conhece os meandros deste negócio.

Aos órgãos de informação do seu país, o principal suspeito da burla, o advogado Francisco Cruz Martins, não comenta sequer se esteve envolvido ou não no negócio. Diz mesmo que estranhou que “haja qualquer queixa na ProcuradoriaGeral da República, uma vez que nunca fui notificado sobre qualquer situação semelhante”. “Pode haver quem esteja a desviar atenções de outras coisas e isto não quer dizer que o Estado em questão não tenha tido qualquer relação menos correcta com alguém.


Comigo, contudo, não foi”, revelou recentemente, em território luso, o acusado, acrescentando que “não creio que seja eu o alvo correcto de semelhante acusação. A ser verdade que assim seja em juízo se provará que há um lapso quanto à pessoa do acusado e quanto aos factos imputados ao mesmo.


Que outros tenham praticado tais actos, posso admitir”. O suspeito considera que “qualquer movimento bancário por mim realizado está registado nos bancos envolvidos e essas acusações podem ser facilmente comprovadas ou infirmadas”. E garantiu em relação ao BANIF: “as participações que tenho ou tive são da minha exclusiva responsabilidade em todos os sentidos”.


Horácio Roque apontado como envolvido


Esta semana o Correio da Manhã, outro jornal português, adiantou o nome de Horácio Roque, presidente do BANIF, como um dos envolvidos na queixa-crime apresentada pelo Estado angolano, por causa do desaparecimento dos mais de 150 milhões de dólares. Horácio Roque, um empresário que iniciou a sua actividade empresarial em Angola e considerado nos tempos do conflito armado como próximo da rebelião armada dirigida pela UNITA, diz que só teve conhecimento do assunto há um ano.


“Nunca comprei ou vendi nada ao Estado angolano. Quem andou com o dinheiro nas mãos é que deve explicar onde ele está”, defendeu-se o empresário: “Nunca fiz tal negócio com o Estado angolano. Se foram enganados, não foi por mim. Falei com todos (Cruz Martins e os outros dois empresários) e garantiram que não havia problema nenhum. Juntos tinham 20 e tal por cento. Nunca tiveram 49 por cento”. Num outro órgão, o responsável do BANIF salientou que “embora não tenha sido formalmente informado de nenhuma investigação ou queixa, estou disponível para prestar qualquer esclarecimento que seja necessário”.


“Nunca fui informado de que os cidadãos portugueses que compraram acções no BANIF representavam o Estado angolano, nem sequer sonhei com isso”, disse ainda o empresário, admitindo que o advogado Francisco Cruz Martins, a figura principal do processo, “comprou acções no banco e exerceu os correspondentes direitos até 1999 na Assembleia Geral”.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Homenagem a Pepe

O espanhol com a Figueira no coração, José Ledesma Criado, será homenageado, por iniciativa de várias personalidades, a 10 de Setembro. A homenagem tem o patrocínio exclusivo do Casino Figueira, e o apoio de uma Comissão de Honra que integra, entre outros, o Ayuntamiento de Salamanca e do Alcaide, o Departamento de Cultura da Câmara Municipal da Figueira Foz, através do lançamento da obra "Creio no Mar e nas suas Margens". Editado em Português e Espanhol, o livro reúne poemas de autoria do homenageado, escritos na Figueira da Foz ou sobre a Figueira da Foz. Para além disto, a data marca também a inauguração de uma exposição de parte relevante e valiosa do seu enorme espólio cultural (livros, manuscritos, quadros, fotografias, prémios, etc.), patente até 20 de Setembro. À noite, numa noite luso-espanhola, sobem ao palco do Salão Caffé a Tuna da Faculdade de Direito da Universidade de Salamanca - que ness a tarde percorrerá o Bairro Novo - e o grupo de fados Guitarras de Coimbra.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Conclusões dos campeões da natalidade

Onde a família tradicional é mais forte, a natalidade é mais fraca, concluiram os sociólogos e economistas presentes num debate espectacular na France Quatre. Como os franceses são campeões da natalidade, com três filhos por casal, acredito.
Em França, as famílias recompostas são a regra: se cada um trouxer dois filhos para a nova união têm sempre a tendência a conceber, pelo menos, mais um) e a as mulheres celibatárias com mais de 40 anos aventuram-se na procriação, como nunca - as garantias em termos de saúde permitem o que há alguns anos era impossível.
Durante o programa, foi entrevistado um lúcido médico de 101 anos de idade que, com humor, afirmou que a longevidade é um capital de família e que já o pai dele tinha morrido aos 97 anos!
Mas voltando à natalidade, desenganem-se os que consideram a imigração como foco essencial do aumento da demografia. É verdade que os tunisinos fazem mais filhos em França do que na Tunísia, os espanhóis idem e os portugueses idem aspas...mas também é verdade que o Estado aqui dá condições às empresas para dispensarem as grávidas em eficazes licenças pós-parto, dá bons subsídios de natalidade e baixa os impostos dos papás recentes.
A mestiçagem é uma mais valia. Por exemplo, o pai de Barack Obama não teve a consciência do valor acrescentado que dava ao filho através da cor da pele. É verdade que os casais com mais filhos são mestiços e a sociedade não o teme - só teme quem não trabalha.
A França é má em muitas coisas, mas na política de aumento demográfico desde a I Guerra Mundial foi certeira - apesar de no início o fazer para aumentar o número de soldados ...os alemães, por exemplo, defendiam a qualidade dos seus soldados. O número de jovens de 25 anos já iguala o número de idosos, pelo que as reformas estão asseguradas com a força de trabalho da nova geração.
Mas, note-se: a fecundidade dinâmica tem de ser desejada socialmente, mesmo que seja um bem para a economia.