terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Choque vezes nada

Neste final de 2011 sinto um pouco de nostalgia pelas expetativas frustradas de 2011. Não apenas por mim, suavemente embalada por 12 anos de contrato renovável bienal na euronews, participado pela RTP, e já empolgada, pessoal e profissionalmente, em novos projetos. Mas, em virtude do choque da elucidação das mentiras por causa da duplicação da dívida de Portugal durante a legislatura de Sócrates, que ninguém responsabiliza penalmente, nem sequer questionando a fortuna acumulada com provas que circulam pelos mails de todos os cidadãos com um pouco de cibersenso.
O que me doi é muito mais profundo e, acho, não tem cura: dói-me a mulher do empregado devoto de uma fábrica que vende a placa comemorativa de prata pelos 30 anos de serviço. Vende-a por o marido estar desempregado pela primeira vez na vida e ela não ter como comprar a comida que deve fazer em casa. Porque as mulheres do país ainda gerem, geram e maternam, trabalham, multiplicam e sonham. Só o Estado as desgoverna. Desgovernou desde os anos 70 com as bençãos da pílula e da liberdade, retirando qualquer apoio às famílias numerosas, através da suavização dos impostos ou mesmo a atribuição de subsídios, como na Alemanha e em França.
Aqui, em Écully, todas as jovens famílias têm entre três a quatro crianças. Nunca imaginei comover-me com a saída das escolas, o desfilar de mamãs como quando eu era pequena e tínhamos todos quatro e cinco irmãos.
Na verdade, esse passado foi padrasto e estas famílias antigas foram muito penalizadas com as alterações sociais. Ficaram mutiladas de irmãos e irmães, pais e mães. Muitas histórias explicarão os factos,
Por mim, que perdi mais uma irmã este ano, sublinho a dimensão negra dos sacrifícios: como o da senhora que vendeu o segundo serviço de talheres de prata para pagar um tratamento que devia fazer fora de Portugal mas que receia.
Não posso terminar este apontamento sem denunciar que o Bino Pombo, grande fotógrafo e amigo, morreu de ataque cardíaco no hospital, quando estava na lista de espera para um cateter. Também perdemos o Carlinhos Cardoso. O Traqueia salvou-se.Lustrem as pratas e os ouros das velhas casas de barões arruinados. Parece que dão jeito.
2012 será o ano de serviço da eurolândia. Vamos acreditar que será um ano de consciencialização, de integração na eurolândia e participação, absolutamente euronewsiana.
Sem ter de vender mais tesouros pessoais para assegurar o que devia estar, por natureza, assegurado: trabalho, saúde, educação e pão.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Londres e Paris precisam de nova "entente cordiale"

As relações entre Paris e Londres estão azedas desde a cimeira europeia de Bruxelas. Nicolas Sarkozy chegou mesmo ao ponto de evitar o cumprimento a David Cameron depois de se defazer em gentilezas com os 26 outros parceiros.

Sarkozy ainda sublinhou mais o isolamento em relação ao Reino Unido quando deu uma conferência de imprensa a seguir ao acordo sobre a reforma do tratado proposta pelo eixo franco-alemão.

"- Relativamente ao desacordo dos britânicos, é muito simples: para aceitar a reforma a 27, David Cameron pediu o que todos os outros consideraram inaceitável: um protocolo que exonerasse o Reino Unido de um certo número de regras sobre os serviços financeiros".


Mas, longe dos microfones, o presidente francês terá sido mais acutilante: o "Chanard Enchainé" cita: "Cameron portou-se como um menino mimado"

Para o 'Daily Telegraph, diário conservador britânico, é evidente que França aceitou mal a bofetada de luva branca e declarou uma guerra das palavras ao Reino Unido.Como exemplo, o diário transcreve as declarações do ministro francês de Economia, François Baroin:


"- Não somos ninguém para dar lições, mas também não para receber. Aprendemos algo e é verdade que a situação económica do Reino Unido é hoje muito preocupante; é preferível ser francês a britânico ..."

"- Porque os provoca?"

"- Porque não queremos receber lições".

Sinal que "o chapéu assentou à medida", como diz a gíria popular relativa a uma resposta à altura.

Perante a possibilidade da França perder a triplo A, o governador do Banco de França, Christian Noyer, também "pegou na foice para cortar em seara alheia" e sugeriu às agências que degradem mais nota de Reino Unido do que a dos países da zona euro.


A relações entre Sarkozy e Cameron, como foram ostentadas na Líbia, precisam de uma nova "entente cordiale"... nome dado ao bloco formado pela República de França e pelo Império Britânico com os aliados, na Primeira Guerra Mundial.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Patricia

- resolvi publogá-lo depois de o enviar para uma amigo. Gostei de o reler.

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dei-te moedas, flores, água de Lourdes e de Fátima

dei-te a alma, dei-te o tempo, mas não o sangue como corre nas veias

foi como vento fútil de que não precisavas...

que poderia fazer sem ter de cortar os meus bocados sãos para os trocar pelos teus?

Irmã que voaste sem asas

Irmã que estoiraste com o meu livre arbítro na fortuna sorteada

Irmã terra, barro, carne, irmã bela de raiva, soberba de desvario


morta irmã tão viva que sublimaste um riso indecente na memória, com gargalhadas

e cigarros e fumo a evolar-se

e vinho à mesa e mãos nos pés dos cálices

mãos alegres e nervosas de bem estar

Deus Meu que a vida agride

porque te dei postais e fotos e poemas e posts e almofadas

e nada tu levaste para esse canto de agruras do escuro forno

onde te lamentámos e tu, decerto, cantavas

por ausência de dor e esse abraço de valsinhas sorridentes

em que projetámos o nosso amor.

--



mjc

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

55 milhões para a Lusa ...euronews só quer 2

A agência noticiosa Lusa receberá do Estado pela renovação do contrato de serviço público celebrado para o triénio 2010-2012 um total de 55.524.443,06 euros, divulgou hoje o Diário da República.

O montante total corresponde a 17.735 euros inscritos para o exercício de 2010, 18.640 em 2011 e 19.147 destinados ao exercício de 2012.

Confrontado com este aumento, o presidente do conselho de administração da Lusa, Afonso Camões, explicou que “o montante líquido anual que a Lusa recebeu e irá receber é o mesmo, cerca de 15 milhões de euros. As variações apenas têm que ver com a actualização da inflação e do IVA”, ao longo do triénio, esclareceu.

A Lusa apresentou em 2010 resultados líquidos de 654 mil euros e distribui aos accionistas dividendos na ordem dos 327 mil euros. A agência de notícias registou, por outro lado, no final do terceiro trimestre do ano em curso lucros de 1,94 milhões de euros. “Uma parte deste crescimento deve-se à redução da massa salarial entre 5 e 10 por cento em 2011, determinada pelo Governo”, indicou ainda Afonso Camões.

A Lusa e o Estado assinaram um contrato de prestação de serviço público em 31 de Julho de 2007 que “reconhece o interesse público dos serviços noticiosos e informativos prestados por esta sociedade e define as regras de pagamento da respectiva indemnização compensatória”, cujo termo inicial de vigência foi definido até 31 de Dezembro de 2009, tendo sido entretanto renovado “automaticamente, por um período de três anos, nos termos contratualmente estabelecidos”, esclarece o Diário da República.

A resolução do Conselho de Ministros agora publicada vem regularizar “a existência de uma situação contratual de facto sem que a repartição do encargo orçamental em mais do que um ano económico tenha sido objecto de autorização expressa”, explicita ainda o documento.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Grande Prémio de Motocross em Torres Vedras


Enduro World Championship 100 por cento Enduro realiza-se em 2012, pela primeira vez, em Torres Vedras.
São esperados para o Grande Pémio Português, 130 concorrentes de 30 países e mais de 120 televisões vão transmitir o acontecimento.
Depois "publogaremos" mais pormenores.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Parabéns ao Mestre e à Doutora

O grande Mário Silva, pintor de doirados e azuis do Mondego, pintor de sois em Mira e na Figueira, no Cabedelo, no mundo, celebrou 82 anos de idade. No mesmo dia que a nossa querida Dra Teresa Coimbra, da Figueira da Foz (também 82 anos de idade).
A estes dois seres especiais, os votos de plenitude, saúde e muito amor desta humilde amiga




Marta, Zezinha (mulher do Mestre)e Ana

O Infocídio - por Rui Tavares no Público

Talvez, muito simplesmente, Miguel Relvas não tenha qualquer interesse em manter informação internacional que ele não controle
e há coisa que se tornou incontestável, é esta: a importância da Europa para o futuro próximo de Portugal. (Há anos, tinha amigos que me diziam “não escrevas tanto sobre a Europa, pá — ninguém quer saber”. Hoje toda a gente quer saber, e esses amigos escrevem sobre a Europa todas as semanas.)
E no quadro dessa evolução incontestável, que faz o Governo? Decide acabar com as emissões em língua portuguesa na Euronews.
Ah, mas diz o leitor. Não há dinheiro. Não podemos certamente dar-nos a esse luxo.
E eu pergunto-lhe: quanto custa ter emissões em português na Euronews? Um pouco menos de dois milhões de euros (os fogos de artifício na Madeira custam três milhões). Em troca desse dinheiro as emissões em língua portuguesa chegam a um universo potencial de cem milhões de casas. Tão importante quanto isso, um canal informativo internacional chega a casa dos portugueses, incluindo os que não falam uma língua estrangeira.
Só no Brasil, onde este canal (que é um consórcio público de televisões públicas) começou a ser emitido há um par de anos, as emissões em português europeu atingem cerca de cem mil assinantes. Um Governo com um mínimo de visão estratégica, mesmo que sem dinheiro, estaria a pensar como procurar parceiros no Brasil (a Tvcultura ou a Tvfutura, por exemplo) para pensar como reforçar, e não diminuir, a componente em língua portuguesa da Euronews.
Mas um Governo com um mínimo de sentido de responsabilidade, mesmo que sem dinheiro, estaria a pensar como preservar este laço, num momento em que (mais do que nunca) é importante que a voz portuguesa não se cale, e que os portugueses ouçam a voz europeia. em por isso toda a razão Ribeiro e Castro, deputado do CDS, quando escreveu sobre este tema (no PÚBLICO de segunda-feira) dizendo “não pode ser”. Espero que o seu artigo sirva para despertar algumas consciências na maioria.
Mas acho que podemos insistir um pouco mais e perguntar-nos “como pode ser”? Como pode ser isto? A Comissão Europeia paga neste momento as emissões da Euronews em árabe, porque certamente pensa que elas têm sentido estratégico para a União Europeia. A comissária Viviane Reding já disse várias vezes que a Comissão Europeia está disposta a apoiar financeiramente o leque de idiomas da Euronews.
Como pode ser então que o ministro Miguel Relvas não tenha perguntado à Comissão se não pode partilhar esta conta com o Estado português? Um milhão para cada um seria de mais?
Como pode ser que Miguel Relvas, ou Passos Coelho, ou Paulo Portas não tenham dito à Comissão que a língua portuguesa, a caminho de ser falada por 300 milhões de pessoas, deve também ser uma aposta estratégica da União?
Como pode ser que ninguém se tenha ao menos lembrado de apontar à Comissão o exemplo do Brasil, primeiro dos BRIC, e com ele convencê-los a ajudarem-nos a manter as emissões na língua desse país?
Talvez, no fundo, o Governo não esteja interessado em diminuir a conta. Talvez as declarações de João Duque, quando disse que a informação pública deveria ser reduzida ao mínimo e a informação para o estrangeiro filtrada segundo as conveniências do Governo, não tenham sido um acaso. Talvez, muito simplesmente, Miguel Relvas não tenha qualquer interesse em manter informação internacional que ele não controle. Nem que seja de graça.


Rui Tavares, Historiador. Deputado independente ao Parlamento Europeu http://twitter.com/ruitavares

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ainda sobre euronews

Apenas uma precisão; a euronews não é um canal oficioso da União Europeia; e as línguas farsi, espanhola e árabe não dependiam, contratualmente, dos contratos com as televisões públicas dos respetivos estados. A equipa árabe foi despedida e só muitos anos depois reconstituida de novo com outro contrato. A TVE saiu quando quis e a farsi, por motivos óbvios, nada detem. Só a RTP é que fez depender a continuação da Língua Portuguesa do contrato com a euronews!

Ribeiro e Castro em defesa da euronews, contra o apagão

Euronews: contra o apagão por Ribeiro e Castro

Ninguém pode conformar-se com tal destino. Antes pelo contrário: o caminho é a crescente afirmação e circulação da nossa língua como grande língua internacional

ndo inquieto com o possível fim da emissão portuguesa do Euronews. Não pode ser.

Já em 2002- 03, o destino desse serviço andou tremido. Nessa altura, agi nalgumas frentes a partir da posição de deputado ao Parlamento Europeu. E, por várias diligências, minhas e doutros, os problemas resolveram-se: o futuro ficou assegurado no que é o figurino actual.

Hoje, a RTP garante o canal por dois instrumentos: um, a quotização como accionista em 338 mil euros anuais, com direitos de utilização integral do Euronews; outro, um contrato de produção em português, no valor de 1,66 milhões de euros por ano. É este acordo que estará em risco com a falada reestruturação da RTP: diz-se que o canal acaba em Janeiro de 2013, com denúncia até Julho de 2012.

Não pode ser. A lesão aos interesses do português como língua internacional seria de tal ordem que não acredito que isso aconteça. O que está em causa? Três coisas: a nossa língua; a Europa e a ideia que fazemos dela; e o serviço público. m primeiro lugar, a língua. Não podemos dizer que o português é a “terceira língua europeia mais falada no mundo” e, depois, apagá-la por inteiro do ecrã no único canal europeu. O apagão do português do Euronews colocar-nos-ia não na segunda, mas na terceira divisão da competição linguística europeia, atrás, pelo menos, de 12 outras línguas: cairíamos de 3º para 13º.

Imaginemos o Euronews emitindo o Presidente da República a presidir ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, no passado dia 9 de Novembro: falou em português e referiu-se à nossa língua. E imagine-se que nós poderíamos ouvi-lo em inglês, em espanhol, em alemão, em francês, em italiano, em romeno, até em russo, em árabe, em turco ou em farsi, mas… não em português! Quando Cavaco recordou que somos a “terceira língua europeia”, qualquer espectador desinformado acharia que estaria a mentir ou a brincar.
Segundo, a Europa. Que ideia fazemos dela e de Portugal na Europa? Saímos da União Europeia? Já desistimos da Europa? Então que sentido faz que deixássemos desaparecer a nossa língua do único projecto europeu de notícias, transnacional e comum, um canal oficioso da União Europeia? Que sentido faz destruir o uso do português nessa alameda central, quando por aí passam interesses e valores estratégicos da nossa afirmação na Europa e no mundo, bem como da lusofonia e da sua percepção global? O apagão no Euronews ajudaria a afundar-nos na periferia e na irrelevância.

Terceiro, o serviço público. A consolidação global do português como grande língua internacional é, sem dúvida, uma missão de serviço público — e de primeira linha. Está adequadamente confiada à RTP, estação de serviço público. Não é ela que paga, somos nós que pagamos. E pagamos bem através da RTP, porque, sendo do meio, é o instrumento público mais adequado para agir no projecto comum Euronews, dele extraindo todas as virtualidades — o que, de resto, bem pode ser melhorado. Mas qualquer outro organismo (como o sugerido Instituto Camões) ou departamento, que fosse escolhido para canalizar a comparticipação portuguesa, andaria perdido e seria um estranho no meio, porque estrangeiro à arte. Ou seja, a cooperação com o Euronews está muito bem confiada à RTP — tem é que ser bem feita, com exigência, critério e propósito estratégico. Euronews cresceu muito, desde a criação em 1993. Quando da minha última intervenção em 2002-03, já chegava a 125 milhões de lares em 78 países. Hoje, é recebido em 256 milhões de lares em 155 países — duplicou! E há ainda o portal Internet, também em português. Por aqui, avaliamos bem o dano colossal à nossa língua, como língua global, que resultaria do apagão no Euronews. Só o serviço televisivo em português é, hoje, recebido em 98 milhões de lares em todo o mundo. Tem 800 mil espectadores diários só em Portugal, mais do que a CNN, a Sky ou a BBC no cabo. E há, acima de tudo, os países da CPLP e outros a que chega e pode chegar.

Compreendo o aperto em que o país vive; e as medidas de rigor a que a RTP não é excepção. Apoio isso. Mas não pode dizer-se que, prevendo a RTP dispensar 300 pessoas, não há como manter o Euronews. Decidir o fim deste canal corresponderia a subir os dispensados para 333 — são 33 no canal europeu em português.

A austeridade e o rigor têm que ser compatíveis com a preservação de interesses estratégicos do país. Exige-se essa finura. E a nossa língua, língua internacional de comunicação, é um deles — e dos principais. Por isso, confio no fim da resposta a uma pergunta parlamentar minha: “O Governo, conforme assumido no seu programa, assegurará e privilegiará a difusão da língua portuguesa no mundo, independentemente do medium.”

Importa garantir que a RTP siga no circuito e tentar negociar melhor com a gestão do Euronews e a Comissão Europeia, pondo em cima da mesa os precedentes do espanhol, do árabe ou do farsi. Mas, se isto não se conseguir e for mesmo impossível assegurar a contribuição financeira via RTP, há que buscar alternativas, como a convocação dos operadores de cabo ao financiamento da produção do canal que também distribuem — mesmo repercutindo o custo nos subscritores, só custaria 75 cêntimos por ano por cliente.


Há que evitar um desenlace totalmente inaceitável: o apagão do português do Euronews. Ninguém pode conformar-se com tal destino. Antes pelo contrário: o caminho é a crescente afirmação e circulação da nossa língua como grande língua internacional

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Goldman Sachs presente demais nas instrituições e governos europeus

O que têm em comum Mario Dragui, novo diretor do Banco Central Europeu, Lucas Papademos, novo primeiro ministro grego e Mario Monti, novo presidente do Conselho Italiano?

Os três, a nível maior ou menor, fazem parte daquilo a que chamam, nos Estados Unidos, a “Europa de Sachs”.

Goldman Sachs, o todo poderoso banco de negócios americano, assim conhecido por ser acusado de condicionar mercados e governos.

Mario Draghi, formado em economia pelo Massachussets Institute of Technology, depois de ter trabalhado em diferentes conselhos de administração de bancos, foi, de 2002 a 2006, vice- presidente da Goldman Sachs para a Europa, antes de ser nomeado governador do Banco de Itália.

Um posto chave em que uma das missões era vender o produto financeiro “swap” (seguros que cobrem uma obrigação do Estado), que permitia dissimular a dívida soberana dos Estados. Manobra que viabilizou a dissimulação das contas gregas. O banco de negócios americano ajudou a Grécia contra uma remuneração de 300 milhões de dólares, nas operações de “contabilidade criativa” para camuflar uma parte da dívida.

Lucas Papademos era, entre 1994 e 2002, governador do banco central helénico, posto que contribuiu enormemente para fazer o país entrar na zona euro , participando na maquilhagem do Goldman Sachs.

ver aqui
Mario Monti é mesmo um dos antigos de Goldman Sachs. Diplomado pela Universidade de Yale, depois de ter sido comissário europeu, de 1994 a 2004, foi nomeado conselheiro internacional de Goldman Sachs em 2005. Monti e Papademos conhecem bem o funcionamento dos sistemas que é suposto salvarem.

O banco é muito contestado atualmente, pois há suspeições e queixas de fraude, nomeadamente no caso grego, mas também nos subprimes, créditos hipotecários.

Desde Setembro de 2011, o governo americano iniciou vários processos judiciais pelo papel que o banco teve em toda a crise.

Pode colocar-se a questão do conflito de interesses para os homens que estão, hoje, à frente de governos ou instituições europeias.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Mimos entre alemães e gregos

“Carta aberta” de um cidadão alemão, Walter Wuelleenweber, dirigida a “caros gregos”, com um título e sub-título:"Depois da Alemanha ter tido de salvar os bancos, agora tem de salvar também a Grécia""Os gregos, que primeiro fizeram alquimias com o euro, agora, em vez de fazerem economias, fazem greves" Caros gregos,Desde 1981 pertencemos à mesma família. Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos. O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro. Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o povo que mais gasta em bens de consumo.Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade. Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre. Ninguém vos obrigou a durante anos fugir aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional.Mas, agora, mostram-nos um caminho errado. E chegaram onde chegaram, não vão mais adiante!!!
Na semana seguinte, o Stern publicou uma carta aberta de um grego, dirigida a Wuelleenweber: Caro Walter, Chamo-me Georgios Psomás. Sou funcionário público e não “empregado público” como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os meus compatriotas e os teus compatriotas.O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares.Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família. Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas, infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais), telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc.. Se me esqueço de alguma coisa, desculpa. Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia. Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes “comissões” aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo. Tem paciência, espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te a que me expulses da Eurozona, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE, da JUSTIÇA e do CORRECTO. Estimado Walter,Passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou. QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter saldado as suas obrigações para com a Grécia.Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações estipuladas), e que consistem em:1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre-guerras, que ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.3. Os empréstimos em obrigações que contraiu o III Reich em nome da Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares durante todo o período de ocupação.4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações, perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas, pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.5. As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960 gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., etc.).6. A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos ideais humanísticos da cultura grega.Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros anuais de 6,5 mil milhões de euros. Muito em breve, se as coisas continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque cada vez tenho menos dinheiro. Eu e os meus compatriotas crescemos sempre com privações, vamos aguentar, não tenhas problema. Podemos viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de vida, Perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as suas excursões sexuais à Tailândia? Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes “compatriotas” da Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais de onde.Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.E, finalmente, Walter, devemos “acertar” um outro ponto importante, já que vocês também disso são devedores da Grécia:EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!!!Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nosos antepassados, que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de Roma e de Londres.E EXIJO QUE SEJA AGORA!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao lado das obras dos meus antepassados.Cordialmente,Georgios Psomás

sábado, 12 de novembro de 2011

iIegal OTELO

É ilegal apelar ao levantamento das Forças Armadas, senhor Otelo...ilegal!!!

Otelo na praça pública


Por enquanto, Sr, não é o Campo Pequeno que nos prometeu:

A minha história de vida não devia incluir, depois de Abril, cartas do Pai à Mãe que diziam: Querida Marta..................traços negros de caneta de filtro durante toda a carta até ao fim....do teu António. Temos a prova, senhores.
Foi mesmo assim.
A democracia socialista portuguesa pós-revolucionária não existiu, a independência dos territórios ultramarinos não foi dada, os sustos das irrupções policiais a meio da noite continuavam nos mais estáveis lares das melhores famílias.
Não lhe perdoo, senhor Otelo. Se atenta contra a democracia ...eu falo. PoR enquanto temo-nos mantido respeituosos, não é?

Wilson e SDN/Tratado de Versailles

Iraque, curdos, xiitas e sunitas, judeus...agrupados, todos, no mesmo país. Foi assim que os cartógrafos da SDN, nas negociações, receberam ordem para fazer. Quanto à Alemanha, humilhada e sem a Alsácia, a Itália sem poder obter nada do que queria em relação ao Adriático, a Holanda, Bélgica e o Japão a ameaçarem deixar Paris (todos tinham propósitos colonialistas além mar, o japão an China), quando Wilson já era acusado de vaidoso protestante e presbitariano ... o nacionalismo cresceu e os preparativos da guerra tiveram início. A Alemanha disse que não tinha meios para pagar mais de 10 mil milhões de dólares de indemnização de guerra, mas os ingleses pediam o triplo e os franceses questionavam o valor da vida humana e divulgavam imagens dos mutilados nos cinemas, antes dos filmes.
Antes da assinatura do Tratado, já a Alemanha ameaçava com nova guerra e alimentava o ódio nacionalista.
A Grande Depressão, o avanço do Comunismo e a promessa de território chinês ao Japão foram gotas de água para o adiamento e Mussoli prometeu fazer melhor e arranjar o porto que Orlando não conseguiu e fez recuar os compromissos. As exigências de reparações de guerra contribuiram, também, para a lentidão da história.
Loyd George alertou Wilson, entretanto, para ter cuidado: tratemos alguém como inimigo e ele não nos decepcionará. Loyd George acabou por ter de se demitir. O Duce era aclamado em Itália. Os cartógrafos continuavam a redesenhar as fronteiras de África, Médio e Oriente e Ásia. Era altura de repousarem.
Só Wilson sonhava. Até que os bombardeamentos da frota naval alemã começaram. a Alemanha, dois dias antes da assinatura, bombardeou a frota para que não caísse em mãos inimigas.
A assinatura foi adiada, o Tratado renegociado...até...quase às calendas, até encerrar oficialmente a Grande Guerra.
Clemenceau morre sozinho, sem conseguir a proteção que queria contra a Alemanha. A China não assinou. A Alemanha foi condenada a pagar os 10 mil milhões de dólares, mas nunca aceitou a imposição do Tratado de Versailles. a América acabará por regeitar a SDN e Wilson morreu sem deixar de acreditar no seu projeto.

11/11/11

É dia 11/11/11--- estranhamente premonitóro, em celebração do armistício... estou a rever a história do Tratado de Versailles, da obra do presidente Wilson na criação da Sociedade das Nações e das teias do pérfido Clemenceau e da ávida partilha de territórios por presunçosos donos gigantescos egos...o traçado de fronteiras com a deslocação de milhares de almas como se de borrões de tinta no mapa se tratasse...
A cada um procurar as conclusões na investigação da História. Por mim acho que as humilhações acabam sempre em guerra... e a Alemanha parece ter aprendido a lição ao fim de duas em que foi derrotada. A guerra, por princípio, é anti-democrática. O que a Alemanha está a começar a fazer nesta Europa à beira do colapso económico. Merkel não perdoa a humilhação e está disposta a tudo pela primazia na economia do eixo franco-alemão. Lixem-se os periféricos, os tolos, os defensores da verdade contra o silêncio.
Para perceber o futuro, não há como estudar a história...repete-se, com ligeiros contrários.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Discriminação em (de) Portugal


A República Portuguesa discrimina o Presidente quando permite que o Estado pague mais a funcionários de organismos de alegado serviço público? Mais do que ao ao Chefe do próprio Estado?,

Os salários dos funcionários da RTP, acima do teto normal na sociedade portuguesa - principalmente os que estão acima dos 3 mil euros por funções exercidas por outros pagos abaixo dos 1500... e mesmo dos 600 - são aceites pelos sindicatos que protestam e todos os partidos representados na Assembleia da República?

Os administradores da RTP não vão responder judicialmente pelos milhões empregues em programas de manipulação do interesse público? Nomeadamente as novelas compradas em saldo à SIC, que passam diariamente na RTPi e que tão nocivas são para a cultura portuguesa na diáspora?

Exemplos: tráfico de orgãos, como uma generalidade, tráfico de crianças, raptadas em clínicas de políticos corruptos portugueses, romances de mulheres casadas com padres...um atentado permanente feito pelos mesmos atores e os mesmos produtores...

Por outro lado: se os funcionários de continuidade são pagos com dinheiro de patrocinadores, devem ir para as televisões privadas, onde não chocam irmandades, fraternidades e afins. Se forem jornalistas com salário pagos pela televisão pública...desculpem, senhores "ouvintes, leitores": com 13 mil euros por mes, pagam-se 13 jornalistas estagiários, desempregados, seja que for...mas dignos.

Jornalistas que vivem do produto das suas investigações independentes e não os que recebem uma dúzia de mil euros e ainda passsam umas horas diárias a lecionar nas universidades públicas!

O mesmo vale para os produtores, diretores, chefes encadeados num regime velho, num sistema gasto que não se coaduna com os princípios de desenvolvimento e justiça equitativa a nível europeu.

Não e por acaso que a Europa cedeu pelas pontas fragilizadas dos que fizeram ceder os códigos por interpretações abusivas e egoistas em nome ... de tudo o que não era o interesse social, o bem estar comum.



A moralidade de uma exigência de austeridade, em Portugal, deve começar pelo exemplo e pela legislação. Caso contrário... será inimiga da democracia,

A verdade é outro elemento essencial: quando falarem de parcerias da RTP e de alguns contratos, falem corretamente de números.

Sem transparência não há lealdade nem respeito. As fugas começam...e as parvoíces em todos os sentidos.

Assumam que Portugal não voltará a ser conhecido como pais de corruptos ou pedófilos que não cumprem prisão efetiva e continuam a ter voz publicamente.


Como as novelas da RTP fazem crer...mesmo antes das notícias das 20:00, hora de Lisboa.

CT acusa RTP pressupostos ilegítimos

A Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP considera que o plano de sustentabilidade da empresa “não cumpre os requisitos legais”, considerando que o documento assenta em “pressupostos ilegítimos”.

Em comunicado divulgado esta noite, a CT da RTP afirma que “o documento assenta em pressupostos ilegítimos, porque defende soluções condicionadas à alteração da Lei do Serviço Público da Rádio e Televisão, só possível depois de votada na Assembleia da República”. A organização refere como exemplos, entre outros, a alienação de um dos canais, da autonomização da RTP Açores e da RTP Madeira e a redução do cumprimento estipulado de serviço público.

De acordo com a síntese do plano de reestruturação da empresa, a RTP vai garantir no Orçamento do Estado para 2012 “um valor de provisões para rescisão que, atendendo ao custo médio e “pay back” dos processos anteriores, permita financiar rescisões com 250/300 trabalhadores”.

Guilherme Costa disse, na comissão parlamentar de Ética, Cidadania e Comunicação, na quarta-feira, que o plano de sustentabilidade económica e financeira da RTP permitirá também uma redução de custos entre os 180 milhões e os 190 milhões de euros, respeitando assim o objectivo que o Governo “pretendia”.

Para a CT da RTP, “não está justificada” a necessidade de reduzir o número de efetivos, ao mesmo tempo que considera “inaceitáveis, porque impossíveis de concretizar, os cortes de financiamento como definido no documento.

Na síntese do plano de plano de sustentabilidade económica e financeira da RTP afirma-se também que “a redução de efectivos decorrerá da elaboração de projectos concretos de reestruturação para cada domínio de ineficiência identificado, a levar a cabo a partir da aprovação deste plano de sustentabilidade” e acrescenta-se que, em paralelo com a elaboração desses projectos de reestruturação, a empresa deverá abrir um novo programa de rescisões amigáveis.

“Além da alienação de um canal generalista até final de 2012”, a RTP irá autonomizar “os serviços técnicos de produção/distribuição e os serviços de media regionais da Madeira e dos Açores, cedendo uma parte do capital destas estruturas”, consagra ainda o documento, medida da qual a Comissão de Trabalhadores discorda, uma vez que “retira à RTP uma componente fundamental para o exercício da sua principal actividade”.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Direito à Indignação

Não estou bem a perceber o circo mediático à porta do Tribunal de Aveiro....é para mostrar que todos os arguidos e advogados estão presentes e sabem falar? Que todos têm direitos aos 15 minutos de fama? Ou para fingir que vamos julgar um caso com provas destruídas? Ou para fazer esquecer que os pedófilos condenados na Casa Pia continua a aguardar em liberdade os recursos das pesadas sentenças de prisão? Deixou de haver greves de transportes, cortes de subsídios, direito à indignação em Portugal?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Safira: ou como a Nobel medicina pode ajudar

A batalha de Safira e dos pais e restante família, divulgada por SIC/Visão deve ser precedida do aviso de que está a ser realizada com a conjugação de medicina alternativa com a "tradicional" inovadora de um Prémio Nobel. A alimentação é sagrada mas a alternativa médica das células dentríticas é imprescindível para a imunidade. A ver este doc obrigatoriamente. Parabéns a todos os que a realizaram.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Albrecht Ritschl :dívida alemã do pós-guerra foi perdoada

O historiador Albrecht Ritschl evoca hoje em entrevista ao site de Der Spiegel vários momentos na História do século XX em que a Alemanha equilibrou as suas contas à custa de generosas injecções de capital norte-americano ou do cancelamento de dívidas astronómicas, suportadas por grandes e pequenos países credores.

Ritschl começa por lembrar que a República de Weimar viveu entre 1924 e 1929 a pagar com empréstimos norte-americanos as reparações de guerra a que ficara condenada pelo Tratado de Versalhes, após a derrota sofrida na Primeira Grande Guerra. Como a crise de 1931, decorrente do crash bolsista de 1929, impediu o pagamento desses empréstimos, foram os EUA a arcar com os custos das reparações.


A Guerra Fria cancela a dívida alemã

Depois da Segunda Guerra Mundial, os EUA anteciparam-se e impediram que fossem exigidas à Alemanha reparações de guerra tão avultadas como o foram em Versalhes. Quase tudo ficou adiado até ao dia de uma eventual reunificação alemã. E, lembra Ritschl, isso significou que os trabalhadores escravizados pelo nazismo não foram compensados e que a maioria dos países europeus se viu obrigada a renunciar às indemnizações que lhe correspondiam devido à ocupação alemã.

No caso da Grécia, essa renúncia foi imposta por uma sangrenta guerra civil, ganha pelas forças pró-ocidentais já no contexto da Guerra Fria. Por muito que a Alemanha de Konrad Adenauer e Ludwig Ehrard tivesse recusado pagar indemnizações à Grécia, teria sempre à perna a reivindicação desse pagamento se não fosse por a esquerda grega ficar silenciada na sequência da guerra civil.

À pergunta do entrevistador, pressupondo a importância da primeira ajuda à Grécia, no valor de 110 mil milhões de euros, e da segunda, em valor semelhante, contrapõe Ritschl a perspectiva histórica: essas somas são peanuts ao lado do incumprimento alemão dos anos 30, apenas comparável aos custos que teve para os EUA a crise do subprime em 2008. A gravidade da crise grega, acrescenta o especialista em História económica, não reside tanto no volume da ajuda requerida pelo pequeno país, como no risco de contágio a outros países europeus.


Tiram-nos tudo - "até a camisa"

Ritschl lembra também que em 1953 os próprios EUA cancelaram uma parte substancial da dívida alemã - um haircut, segundo a moderna expressão, que reduziu a abundante cabeleira "afro" da potência devedora a uma reluzente careca. E o resultado paradoxal foi exonerar a Alemanha dos custos da guerra que tinha causado, e deixá-los aos países vítimas da ocupação.

E, finalmente, também em 1990 a Alemanha passou um calote aos seus credores, quando o chanceler Helmut Kohl decidiu ignorar o tal acordo que remetia para o dia da reunificação alemã os pagamentos devidos pela guerra. É que isso era fácil de prometer enquanto a reunificação parecia música de um futuro distante, mas difícil de cumprir quando chegasse o dia. E tinha chegado.

Ritschl conclui aconselhando os bancos alemães credores da Grécia a moderarem a sua sofreguidão cobradora, não só porque a Alemanha vive de exportações e uma crise contagiosa a arrastaria igualmente para a ruína, mas também porque o calote da Segunda Guerra Mundial, afirma, vive na memória colectiva do povo grego. Uma atitude de cobrança implacável das dívidas actuais não deixaria, segundo o historiador, de reanimar em retaliação as velhas reivindicações congeladas, da Grécia e doutros países e, nesse caso, "despojar-nos-ão de tudo, até da camisa".

Cuidados Continuados em véspera de luto

Véspera de dia de visita aos cemitérios. Convém lembrar os doentes terminais nos cuidados paliativos


Pontos importantes a considerar no acompanhamento de doentes em fase terminal.



Em relação à pessoa hospitalizada:



-Poder guardar a sua integridade enquanto pessoa e o respeito que lhe é devido.



-Poder dar vazão à sua angustia e dor de modo construtivo,através do exercicio dos seus passatempos e actividades preferidas.



- Dispor de um ambiente acolhedor e personalisado, permitindo o recuo mas, ao mesmo tempo, o contacto com a realidade.



- Desfrutar de um enquadramento humano,agradável,com escuta e carinho mas sem hipocrisia.



-Ter acesso à informação sobre a sua situação.



-Poder guardar o contacto com os seus e usufruir do seu afecto.



-Bem entendido, poder ter acesso aos cuidados físicos especificos, indispensáveis em tais casos.



-Beneficiar de um acompanhamento psicológico, facilitando a aceitação de um desfecho inelutável e minorar o trauma resultante de um processo de decl+inio pessoal, dificil de interiorizar.



-Poder continuar a manter as suas convicções filosóficas e religiosas...



Em relação aos familiares:



-Apoio psicológico através da escuta,informação,ajuda na compreensão das diferentes fases por que passa o seu familiar.



-Facultar a proximidade em relação aos seus.



-Assegurar que o máximo é feito pela pessoa deixada aos cuidados da equipa terapêutica e da instituição.



-Ajudar a encarar e assumir um luto que se avizinha.



-Preservar a dimensão humana e o respeito do sofrimento.




segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Aix les Bains ao domingo










Depois da "Potence de mer" um prato de duas espetadas de Saint Jacques, gambas, lagostins e peixes vários, um espetacular café gourmande...para desgastar a ver as regatas e a caminhar bastante....


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Basta

Todos os dias recebo emails sobre as reformas das figuras públicas, o orçamento, as parcerias público-privadas, e fico chocada com a imoralidade dos que colocam os portugueses da classe média como reféns dos créditos. É fácil retirar o poder de compra aos pequenos, fazer encerrar o comércio, apagar as luzes das cidades, provocar a fome escondida, as depressões, a toxicodependência e suicídio - por falta de contribuição estatal nos medicamentos...mas que país vai sobrar e para quem? Para os romenos? Para os brasileiros ou angolanos?
Por uma questão de solidariedade moral, a constituição devia ser alterada para qualquer e todo cidadão que receba uma reforma, tem de estar obrigatoriamente reformado. Que é isso de receber reforma e salários milionários do Estado? Distribuam isso pelos pobres deste país, paguem uns juros, façãm algo em prol do Bem Estar Comum.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Tão amiguinhos que éramos

às 14 era assim no fb...Khadafi

Os foguetes todos que mandem para o ar são insuficientes para apagar da memória os abraços de Tony Blair e todos os líderes ocidentais que se curvaram aos petro dólares de Khadafi quando ele quis" pagar" e fazer esquecer Lockerbie.
Maria João Carvalho
Acabo de ver uma foto...parece Khadafi...mas tem na mesma o cabelo pintado, o que me faz uma certa confusão...em batalha? No deserto?
Mas ele era doido... provavelmente, antes de executar uns quantos, pedia às guarda-costas-amazonas- enfermeiras e mulheres para todo o serviço, que lhe aplicassem a tinta preta...mas é duvidoso...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

França e o triplo A

Parece que continuar a ser uma potência colonial (Autre Mer) e ter a Legião Francesa a rondar os 50 países que integraram a France-Afrique compensa:

Na zona euro, a Moody's atribuiu o rating máximo a seis países: Áustria, Finlândia, França, Alemanha, Luxemburgo e Holanda.


Nos próximos três meses, a agência de notação financeira vai controlar e avaliar a perspectiva estável da dívida francesa, tendo em vista os progressos do Governo para implementar as medidas de redução do défice.
 
 
O ministro francês das Finanças, François Baroin, não quer que o país saia do clube...
 
"Tudo está em marcha para conservar esta notação que é uma das melhores do mundo, que faz da França um valor refúgio. A França tem meios para dizer "presente". Nós somos o primeiro país em termos de despesas públicas. Portanto, se for necessário nós tomaremos as medidas necessárias para reduzir as despesas e atingir esses objetivos"
 
 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

euronews e RTP: a guerra de Relvas

Euronews fecha o serviço em português se a RTP deixar de pagar Por Ricardo Paz Barroso no jornal i

Canal de notícias já avisou que, caso nenhuma entidade pague pelo serviço, os 18 jornalistas serão despedidos
O ministro Miguel Relvas sugeriu, no final de Agosto, que a RTP deveria “repensar” o contrato que a estação pública mantém com o Euronews e que custa, segundo Relvas, “cerca de dois milhões de euros”. Mas, se a medida avançar, isso poderá significar o fim do serviço em português do Euronews, assim como o despedimento dos 18 jornalistas portugueses a trabalhar em Lyon, França, sede daquele canal de notícias. As consequências serão ainda extensíveis aos 15 colaboradores do serviço em português.
O i apurou que o receio se instalou entre os portugueses da redacção do Euronews. A empresa fez saber, internamente, que “se não houver uma entidade que pague o serviço, este terá de ser encerrado, pois a empresa não poderá arcar com os custos”. É a RTP que detém ainda os direitos de transmissão do Euronews em português. Miguel Relvas não comenta o assunto.
O serviço informativo em português nasceu em 1999, seis anos depois do Euronews – do qual a RTP é accionista (cerca de 2%) – ter sido criado. A cada dois anos, o contrato entre a RTP e o canal europeu é renegociado, tendo a última vez sido em Janeiro de 2011. O valor desta prestação é, ao contrário do que afirmou Relvas em Agosto, 1,75 milhões de euros, revelou fonte da empresa. Segundo soube o i, este valor é inferior em mais de 50% ao que pagam as restantes estações públicas para ter um serviço noticioso na respectiva língua: cinco milhões de euros. O Euronews é difundido em nove línguas, uma delas o árabe. Chega a 177 milhões de lares no mundo – 3,5 milhões em Portugal, onde tem cerca de 800 mil espectadores diários –, isto é, por ordem audiométrica, tem mais espectadores que a Sky News, a CNN International e a BBC World. E, no conjunto dos países servidos pelo Euronews, Portugal é o que regista a segunda maior taxa de penetração, logo atrás da Rússia.
A sugestão do ministro dos Assuntos Parlamentares, que tutela a RTP, surgiu numa altura em que o governo pediu um plano de reestruturação à estação pública, entregue a 20 de Setembro.
Uma reestruturação que já parece ter começado, pelo menos nos ‘custos de grelha’, com a decisão, segunda-feira, de não concorrer à transmissão da Liga dos Campeões, poupando assim 5,75 milhões de euros. Se a este valor somarmos os 1,75 milhões de euros com o eventual corte do contrato do Euronews, será líquido dizer que, em 2012, a RTP irá poupar, pelo menos, 7,5 milhões de euros nos custos de grelha, que foram de 114 milhões em 2010.
A 18 de Abril de 2005, o Euronews acabou por salvar o dia à RTP: uma greve de jornalistas e técnicos paralisou a programação, tendo a estação emitido o Euronews na RTP1 durante toda a manhã

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Comissão de Trabalhadores da RTP está com a euronews


A Euronews é serviço público de televisão.

O Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Dr. Miguel Relvas,
pediu à Administração da RTP, SA para "repensar" o contrato firmado
entre a empresa e o canal Euronews (Lusa 30 de Agosto de 2011). Na
opinião do ministro que tutela o sector de comunicação social do
Estado, os cerca de dois milhões de euros que custa anualmente um
canal onde a RTP não tem "qualquer acompanhamento editorial" resulta
num "ato de gestão errado e desnecessário". Miguel Relvas falava aos
deputados da Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação, onde estava a
ser ouvido sobre a “suspensão” das emissões da RDP Internacional em
Onda Curta.
“Ao contrário do que manda a Constituição e a Lei da [Rádio e da]
Televisão, onde se diz claramente que a empresa concessionária do
serviço público deve ser “livre e independente do poder político e do
poder económico’ (artigo 4.º), continuaram a ser os governos a nomear
as administrações” (Serviço Público Interesses Privados / O que está
em causa na polémica da RTP, António Pedro Vasconcelos, 2003).
Passados estes anos todos continua tudo na mesma, os partidos quando
chegam ao poder veem na comunicação social do Estado um instrumento
que utilizam sem pejo, e os ministros que tutelam o sector da
comunicação social do Estado servem-se dele, interferindo
despudoradamente, mesmo sabendo que a tal estão impedidos por Lei.
A intervenção do Ministro Miguel Relvas na Comissão de Ética,
Cidadania e Comunicação na Assembleia da República, no passado dia 30
de Agosto, foi indiscutivelmente denunciadora da sua interferência na
gestão da RTP, SA. Ao afirmar perante os senhores deputados o que
pretendia da Administração da RTP, SA e sugerindo o que no seu
entendimento é o serviço público de rádio e televisão, no qual não
cabe a Euronews, nem as emissões da RDP Internacional em onda curta;
as emissões da RTP Açores e da RTP Madeira, que existem no âmbito da
autonomia regional, o país presenciava impávido e em direto, ao que a
Comissão de Trabalhadores considerou tratar-se de uma passagem de
recados intencionais do Ministro Miguel Relvas para a Administração da
RTP, SA, que dificilmente não seriam percebidos como de uma indicação
se tratasse.
Este episódio configura uma situação claramente inconstitucional e
ilegítima. Estando o serviço público de rádio e televisão consignado
na Constituição da República, necessita de uma maioria de dois terços
para se efetuar a sua alteração na lei fundamental. Por isso, qualquer
intenção de alterar a política e as leis que garantem um serviço
público de rádio e televisão, só pode ser encontrada a partir de um
entendimento com outras forças políticas representadas na Assembleia
da República, e seria importante que tais entendimentos fossem fruto
de um consenso alargado a todas as forças políticas e não apenas aos
dois partidos que fazem parte da coligação no governo.
Se, como indiscutivelmente todos são levados a concordar, o Serviço
Público de Rádio e Televisão está constitucionalmente consagrado, e a
lei garante o princípio da independência dos meios de comunicação
social do Estado face ao Governo e demais poderes públicos, então
qualquer intenção que tenha como objectivo acabar com o serviço
público de rádio e televisão só pode ser entendida como
inconstitucional e ilegítima. Mesmo que se argumente, caso a caso, que
a intenção não é acabar mas suspender, como acontece com a interrupção
das emissões da RDP Internacional em Onda Curta ou a redução das
emissões da RTP Açores e RTP Madeira, isso não passa de um subterfúgio
mal-intencionado que mais não pretende que contornar a Constituição e
a lei, e é por essa razão reprovável.
Caso o entendimento da Comissão de Trabalhadores se configurar, cabe
ao Presidente da República garantir o regular funcionamento das
instituições democráticas tendo como dever defender e fazer cumprir a
Constituição da República Portuguesa.

O que é a Euronews?
É o único canal de notícias internacionais a transmitir em português
no mundo. Contribui para a influência portuguesa no mundo transmitindo
notícias sobre Portugal em nove línguas. O serviço português é
essencial para a Euronews, segundo a opinião da própria Euronews. Esta
parceria já existe há alguns anos e a Comissão de Trabalhadores não
entende por que razão é agora posta em causa. São 17 os jornalistas
portugueses (não são tradutores, como por lapso o Ministro José Relvas
os designou) que contribuem com a qualidade do seu trabalho para a
informação diária na Euronews. A implementação da Euronews em
português tem crescido muito nos últimos anos sobretudo no mercado
brasileiro.
A Euronews em português está disponível a 100% no cabo, satélite e na
televisão digital terrestre (TDT) nas casas portuguesas. A Euronews em
português também está no Brasil, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde,
Moçambique e no resto do mundo. A Euronews é o canal de notícias
internacional líder na Europa e em Portugal. Em Portugal é o mais
popular e o mais visto dos canais internacionais, devido a ser falado
em português. Está à frente da Sky News, da CNN International ou da
BBC World News.
Todos os portugueses podem ver a Euronews através do cabo, satélite,
IPTV, telemóveis ou TDT. A Euronews, também está em todos os canais
generalistas da RTP em períodos de menor audiência. De facto, os
conteúdos da Euronews preenchem apenas algumas horas no canal 1 (duas
horas e meia semanais) e no canal 2 (treze horas semanais), porque
conteúdos tão específicos como a informação internacional da Euronews
não cabem no desenho que as direções de informação e de programas da
RTP, SA fizeram para os canais generalistas em sinal aberto.
As obrigações com o serviço público de televisão contemplam os canais
regionais da RTP Açores e da RTP Madeira, assim como as suas emissões
no âmbito da autonomia regional. Nos Açores a Euronews ocupa cerca de
sete horas diárias de emissão, num total de 53 horas semanais e na
Madeira cerca de seis horas diárias num total de 40 horas semanais.
Quando o Conselho propõe poupar na redução das emissões da RTP Açores
e RTP Madeira esquece-se que um terço das emissões diárias destes dois
canais regionais está ocupado por conteúdos da Euronews (da meia noite
às oito da manhã de segunda a sexta e da meia noite às dez de sábado e
domingo).
A importância da Euronews prende-se também com a aposta estratégica na
difusão da língua portuguesa no mundo. De facto, esta aposta
estratégica podia estar sob a tutela do Ministério dos Negócios
Estrangeiros ou mesmo debaixo de uma instituição pública como o
Instituto Camões. Faltava-lhes meios tecnológicos e humanos para
executarem essa obrigação. E estas são algumas das razões porque cabe
ao operador público de televisão a concretização desta missão de
serviço público, que na opinião da Comissão de Trabalhadores da RTP
não pode deixar de ser cumprida.

PS. A Administração da RTP,SA entrega hoje ao Ministro da tutela o
Plano de Reestruturação e a Comissão de Trabalhadores da RTP opor-se-á
a qualquer corte no que são as obrigações do Contrato de Concessão de
Serviço Público de Rádio e Televisão.


Lisboa 20 de Setembro de 2011

A Comissão de Trabalhadores da RTP

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Surf nos Açores, Ribeira Grande

Billabong Azores Islands Pro presented by Nissan

Novas datas e valor acrescentado no regresso do melhor surf mundial aos Açores

O Billabong Azores Islands Pro presented by Nissan está de volta às ondas da Ribeira Grande, ilha de S. Miguel, Açores, entre os dias 26 de Setembro e 2 de Outubro. Depois da atribuição do estatuto Prime à etapa, em 2010, este ano a organização pretende aumentar a possibilidade desta se realizar com ondas de elevada qualidade, deslocando a prova para o final do mês de Setembro, uma época do ano mais consistente em boas ondulações.

Esta será a nona etapa (de onze) do circuito mundial de surf de qualificação com o estatuto Prime, a última na Europa e também a derradeira etapa do circuito mundial feminino de qualificação.

Com 250.000 dólares de prize-money e 6500 pontos para o ranking do vencedor, esta etapa será essencial para os melhores surfistas do mundo, uma vez que oferece uma pontuação extremamente atractiva numa época do ano muito importante para a sua afirmação no ranking mundial, exactamente entre as etapas de Trestles (EUA) e Hossegor (França) do World Tour. Por isso, a prova contará com a presença dos melhores surfistas do mundo, com destaque para os que competem na elite mundial e para alguns jovens candidatos à entrada no Top 32.

Na última etapa deste circuito, realizada recentemente, na Califórnia, o deca-campeão mundial Kelly Slater saiu vitorioso, mostrando ao mundo que o seu reinado ainda não terminou e lançando aquela que muito provavelmente poderá ser a disputa pelo título mundial mais acirrada dos últimos anos.

Para dar uma maior dimensão e importância ao evento, os Açores contarão com a presença feminina pelo segundo ano consecutivo. Esta será a oitava e última etapa do circuito mundial de surf feminino de qualificação, com seis estrelas de pontuação e 35.000 dólares de prize-money, definindo assim as atletas que terão vaga no World Tour feminino de 2012.

“É com enorme prazer que vejo novamente uma etapa Prime nos Açores e este ano, mais do que nunca, foi feita uma grande aposta para que esta seja vista em todo o lado,” afirma Rodrigo Herédia, director de prova. “Desde a transmissão total do evento no MEO Interactivo à RTP, que fará uma cobertura alargada e também ao FUEL TV, que vai transmitir o dia das finais em directo para Portugal, resto da Europa e (muito provavelmente) para os EUA, bem como a Internet, claro, que cada vez mais tem uma alta qualidade e adesão de internautas,” comentou o responsável.



“Para que tudo isto seja possível, a organização fez este ano uma grande aposta nos meios técnicos, desde recrutar empresas de topo mundial, como a Media Luso, para assegurar a qualidade de transmissão do evento em HD, bem como fez uma parceria com o MEO e a TMN para assegurarem o fornecimento em fibra óptica até ao local do evento, garantindo assim uma maior rapidez e qualidade dos serviços,” conclui o organizador e mentor deste evento.



Por todas estas razões, este ano não há mesmo motivos para não assistir ao Billabong Azores Islands Pro presented by Nissan, de 26 de Setembro a 2 de Outubro, na Ribeira Grande, ilha de S. Miguel, Açores… ou num monitor perto de si!



Este evento é organizado novamente pela DAAZ Eventos e pela USBA (União de Surfistas e Bodyboarders dos Açores), conta com o patrocínio do Turismo dos Açores, Billabong, Nissan, Câmara Municipal da Ribeira Grande, Sumol, Tmn, Meo e Buondi, contando ainda com os apoios da SATA, Hotel Vip Açores, RFM, FUEL TV, RTP, SurfTotal, SurfPortugal e OnFire e Takeoff Viagens.





Para mais informações à imprensa, contactar:

www.purofeeling.com

info@purofeeling.com

963726223 | 919129429

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

racaille inglesa

ver aqui as justificações dos arruaceiros de Londres




terça-feira, 9 de agosto de 2011

poesia minha

Não poeires
sois assim
no meu destino
que cego
não semeies
jasmim
no meu desértico
caminho
que rego
em vez de
extrair estrelas
de carmim
e forjar pegadas
para o céu
que inventei para mim

:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::


O meu âmago de estrela
não luz...
que raio de força seduz
o ínfimo da célula
que arritma o pulsar da vida?
Como se puxa o lustro
a uma vela baça de brilho?
Sopra-se a chama?
Parece que é esse o cristal
que inflama o que
sem riso
não passa de vidro
de ama que não ama

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Soprei suavemente
confesso
mas era segredo
esse mínimo de vento
esse verso de amor
que afasta o medo
e diz
que me deixo
guiar pela mente
quando apenas me guia
o adverso
e o canto da cotovia na primavera
e esta dor
de te desconhecer com todos os sentidos
adivinhar-te no que perco
egoísta
lamentar.te sem perceber
o cerco
deste abraço que asfixia

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Aprendo que não tenho
nada do que sou
no meu íntimo de fada.

Beijos de estrelas
são as mais belas
armasda minha Intifada.


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Este peso de alma laminada
não é meu nem nada...
neste trilho de estrelas
porque insistes
madrugada
em ter-me com grilhetas?
Que história é esta de tanto peso
se tão simples é
viver de mar e lava
rochas e mosto
peixe e algas?

O caminho é um prazer de absurdos
uma dor de mudos
um mundo de surdos.
Com estrelas.
Um trilho delas horizonte afora.

Embora, busquemos as mais belas.

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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ahmadinejad em exclusivo euronews

Ahmadinejad: "os que procuram fabricar a bomba são completamente doidos"

exclusivo euronews, tradução de Maria João Carvalho 
 
O presidente Mahmud Ahmadinejad, isolado politicamente, enfrenta uma luta brutal pelo poder no Irão. 
As perspectivas para um novo mandato são incertas, até porque o país sofre sanções internacionais, acusado de abusos dos direitos humanos e ameaçado pelas ambições nucleares do regime.
Ahmadinejad deixou de fora as mensagens e usou um tom moderado, no dia em que o mundo assistiu, perplexo, ao julgamento de um líder da região. Num exclusivo da euronews, entrevista conduzida por Jon Davies.
 
  
John Davies, euronews - Senhor Presidente gostava de começar pelas impressionantes imagens que vimos hoje, na televisão iraniana, na televisão do Médio Oriente, que mostram o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, numa cama, encerrado numa jaula e arguido por corrupção e assassínio em massa. Que pensamentos lhe surgiram ao contemplar essas imagens?
 
Ahmadinejad- Lamento que o relacionamento de alguns dirigentes com o povo chegue até este ponto. Sinto-me decepcionado porque a gestão que fazem separa alguns governos dos povos, a tal ponto que os cidadãos têm de pedir que os líderes sejam julgados para atingir um determinado grau de liberdade. Espero que os dirigentes do mundo estudem este tema, que os líderes mundiais se misturem com as pessoas e que trabalhem pelo povo, entre o povo. Esperamos que não haja confrontos ou brigas entre as pessoas.
 
euronews - A Síria é outro exemplo, Sr. Presidente. Estamos a ver que se está a produzir um levantamento, tal e como aconteceu noutros países do Médio Oriente Acha que o presidente Assad está a gerir a situação corretamente?
  
Ahmadinejad -  Achamos que, se os outros não interferirem, as nações do Médio Oriente não interferirem,  ele é capaz de resolver os seus próprios problemas. Muitos dos problemas que vimos hoje e vimos no passado devem-se à interferência de outros. Se há problemas nalguns locais, devíamos tratar de procurar as raízes nas intervenções e as interferências do passado.
  
euronews - Está a dizer que o Povo tem o direito a desafir o governo e vimos o que se passou no  Irão em 2009. Acha que o que vimos noutros pontos do Médio Oriente pode acontecer no Irão ou está confiante de que aqui tudo está estável?
  
Ahmadinejad -  O que se passou no Irão não é similar ao que acontece noutros países. Celebrámos umas eleições totalmente livres, as mais livres do mundo. Mais de 85% do eleitorado participou nas eleições. 40 milhões de pessoas votaram, 40 milhões de iranianos do país, mas atacar edifícios e carros está proibido em todo o mundo. É natural que a polícia e o poder judicial se envolvam.
 
euronews - Sim, houve eleições, afirmou-o agora mesmo. O descontentamento foi o resultado ou quiseram expressar insatisfação em relação às eleições e não tinham o direito de o fazer?
 
Ahmadinejad - De acordo com a nossa lei, há outros modos modos para expressar objeção legalmente e houve algumas autoridades que estudaram queixas apresentadas durante as eleições. Na Europa também há manifestações e vemos que a polícia também age com dureza.
Os que se expressam contra os assuntos europeus também são detidos. Por exemplo, em relação aos temas de regiões do mundo onde se deu a II Guerra Mundial. As pessoas estão autorizadas a escrver a verdade e a realidade sobre a II Guerra Mundial? Ou podem tomar medidas contra os sistemas vigentes?
Tenho a certeza que não, mas no Irão as pessoas expressam as críticas através dos canais legais e essas queixas são apreciadas. No entanto, vários cientistas europeus estão na prisão por terem expresso pontos de vista históricos.
 
euronews - É uma linha completamente diferente.  
Antes, afirmou que a oposição, na Europa, nunca conseguiu derrotar o governo, Mas, no ano passado, na Grã-Bretanha, o líder da oposição David Cameron passou a liderar o país depois de ter ganho as eleições, e isto em resposta à sua questão. Podemos continuar...
 
Ahmadineyad - Mas não estavam na oposição. A oposição é constituida pelas pessoas que são golpeadas nas ruas de Londres. Os estudantes que a polícia deixa com as caras em sangue. Quem ouve as reivindicações deles na Europa? Na Grécia, em Espanha, na Itália, Quem os ouve? É a isso que me refiro.
 
euronews - Pode clarificar o que diz? A situação na Europa é muito pior do que a situação no Irão em 2009? 
 
Ahmadineyad - É o que estou a tentar explicar. É verdade. Na Europa, a maioria das pessoas é penalizada por problemas em que não teve culpa. As pessoas não escolhem as medidas políticas e económicas. Não desfrutam dos benefícios económicos pelos quais têm de pagar um preço. E quando protestam, são reprimidos à bastonada. Na Europa não partem as cabines púbicas de telefone, simplesmente protestam. Acho que deveríamos encontrar a raiz destes problemas e resolvê-los.
  
euronews - É verdade, muitas pessoas na Europa e nos Estados Unidos pagam pelos erros de outros. Pergunto-me se podemos dizer o mesmo dos iranianos que pagam, no dia a dia, pela imposição das sanções ao Irão feitas no ano passado, as consequências de um embargo sobre o comércio e o isolamento internacional. Não com todos os países, mas sim com muitos. Não são os iranianos que estão a pagar um preço na vida quotidiana?
 
 
Ahmadineyad - Sim, é verdade que os iranianos estão a pagar o preço pelos erros políticos dos dirigentes europeus.
  
euronews - E o senhor, não? 
 
Ahmadinejad - Estas são as políticas erróneas dos líderes europeus. Não fizémos nada de mal. Passaram 30 anos e os líderes europeus ainda estão contra nós. Porque estão, realmente, contra de nós? É por sermos livres? É por termos expulsado um dos amigos dos europeus - o antigo Xá? Por estarmos contra algumas das políticas expansionistas de países europeus? Reparem no Afeganistão e no Iraque - que culpa tiveram? Penso que a política seguida por alguns líderes europeus causou problemas às nações europeias, e não só.
 
euronews - A nível interno, qual a sua posição sobre a segunda metade do segundo mandato como presidente? Acredita que tem uma posição forte no Irão?
 
Ahmadinejad - Estamos a cumprir o dever. Utilizamos cada minuto para servir o povo.

 
euronews -  Mas parece que se está a cavar um fosso entre o senhor e o parlamento. É a impressão que temos no exterior. O afastamento parece ser maior entre o senhor e o guia supremo. A sua posição fragilizou-se?
 
Ahmadinejad - Numa sociedade livre, são coisas que acontecem. Deve haver, sempre, discussões entre o parlamento e o governo. Será que é mau haver um parlamento e um governo livres?
A posição do guia supremo no Irão é igualmente clara. Não há problemas.
Vivemos numa sociedade livre em que todos podem exprimir as opiniões. Não há problemas aqui. Percebeu que o Parlamento acabou de votar em quatro novos ministros. E votaram em grande número, e isso mostra que há liberdade no país.
 
euronews - Mas há liberdade para Mir Hossein Moussavi, que está em prisão domiciliária ou para  Mehdi Karroubi, também em prisão domiciliária. Têm liberdade de exprimir a oposição, pois é evidente que se opõem a si, mas têm a liberdade de o fazer, na prisão, nas casas vigiadas?
 
Ahmadinejad  - Há prisões em todos os países. Não há prisões em Inglaterra? 
 
euronews -  Compreendo, mas estou a falar das prisões do seu país, onde Karroubi e Moussavi estão, neste momento.
 
Ahmadinejad  -  Há prisões em todo o lado. Eles têm um problema com o poder judicial . A Justiça, no Irão, é independente e não tenho o direito de interferir nos problemas judiciários.  Há regras em virtude das quais as pessoas podem confrontar-se com o sistema judicial. Se quer a minha opinião, eu sonho que não haja prisioneiros no mundo, em Abu Graib e todas as prisões secretas da Europa.
 
 

euronews - Que vai fazer com as pessoas que estão aqui na prisão, que querem, simplesmente, poder exprimir as opiniões - o que se faz em qualquer pais democrático - que vai fazer para que possam ter esperança?
 
Ahmadinejad  - Ninguém está na prisão apenas por ter expresso a sua opinião. A nossa lei autoriza o povo a dar o seu ponto de vista. Devia ficar no Irão uma semana e ler os jornais. Ia compreender que as críticas são mais radicais contra o presidente. Há pessoas a criticar o poder sem qualquer receio. A liberdade de expressão no Irão tem um nível elevado. Talvez não tenhamos atingido o nível ideal, mas somos bem melhores, neste ponto, que muitas nações europeias.
Há problemas comuns em toda a parte do mundo.
Quando se trata de justiça, ninguém pode pretender atingir o nível ideal. A injustiça é um problema mundial. E nós estamos entre os melhores, em termos de justiça. 
 
 
euronews- Está preparado para estender a mão da amizade, num futuro próximo, aos Estados Unidos? Um país com quem não tem propriamente relações diplomáticas há 30 anos?
E, não esqueçamos, um país com a maior economia do mundo de que o Irão podia beneficiar.
 Há alguma hipótese de reatarem relações de amizade?
 
Mahmoud Ahmadinejad - Acreditamos que deve haver relações amistosas a nível internacional  e isso é o princípio básico. Mas os americanos e o governo estão confusos. Não sabem o que fazer. Não seguem políticas claras. Cortaram relações connosco. Pensaram que, assim, o Irão seria destruido. Passaram-se 31 anos e nós continuamos aqui. 
 
euronews - Com o devido respeito, em relação à questão nuclear, que não preocupa apenas os Estados Unidos: quando afirma uma coisa e parece agir de modo diferente, não está a incitar ninguém a aproximar-se do Irão, a estender-vos a mão da paz...
 
Ahmadinejad - Porquê? Que fizemos nós de mal?  
 
euronews -  Bem, em relação ao programa nuclear, o senhor diz, e eu não tenho razão nenhuma para não acreditar...
 
Ahmadinejad - A actividade nuclear é proibida?
  
Euronews - Não é o que eu disse. Deixe-me explicar. Declarou desenvolver um programa  nuclear com fins pacíficos para produzir eletricidade. No entanto, os cientistas ocidentais pensam que está a enriquecer urânio a um nível importante, 20% especificamente, o que não tem nada a ver com a produção de energia. Por um lado, afirma querer utilizar o nuclear com fins pacíficos. Por outro, parece ter o objectivo de fabricar a bomba.
 
 
Ahmadinejad -  Coloca uma boa questão e sinto que é sincero. Deixe-me explicar: os que estão convictos de que nos orientamos para atividades militares não são cientistas.
Lembre-se do que disse sobre a hostilidade ocidental em relação ao Irão. Quando declaramos que não temos intenção de fabricar uma bomba, somos honestos e sinceros. Pensamos que os que procuram fabricar a bomba são completamente doidos. Por duas razões: a primeira, é que aqueles que possuem a bomba correm mais perigo dos que a não têm.
As bombas que existem na Alemanha, Bélgica e noutros países europeus são uma ameaça para os outros países europeus. A bomba atómica visa todos os humanos.
A segunda razão é que a bomba atómica é inútil e ineficaz.
O regime sionista tem bombas nucleares. Mas conseguiu ganhar a guerra contra a população de Gaza? A bomba deu a vitória contra o Líbano durante a guerra dos 33 dias?
A bomba atómica não impediu o império soviético de se afundar? As bombas nucleares foram utilizadas há 60 anos como contrapeso político. Mas hoje não têm nenhum valor. Os pensamentos têm valor, as opiniões e os seres humanos têm valor. No futuro, esperamos que ninguém seja capaz de utilizar a bomba atómica.
  
 
 
 
  

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Patrícia de Medeiros

Posso dançar no escuro
e arredondar estrelas
com um toque inseguro
reparo as mais belas

emprisionada na luz
um feixe tremido
insípido
sou Singapura em alerta máximo
com os prédios na obscuridade
mais claros
que toda a África esfomeada
transtornada de seres
que reluzem de nada

e sempre a dançar os anjos
com Sant' Ana e os meus orixás
mas de Patrícia...nada...
era um farol luminoso
que apontava direto
para uma Nova recém nascida...
e eu aqui pindérica a falar de estrelas...
envelhecidas?

terça-feira, 26 de julho de 2011

Patrícia de Medeiros

Agradeço em nome de toda a família as condolências que enviaram.

Goethe:
" Quem não experimenta
morrer e nascer sem interrupção,
será sempre um hóspede sombrio
nesta triste Terra"

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Guterres alerta para drama da fome e da seca

Fome e seca no Quénia e na Somália, MJC com Beatriz Beiras para a euronews

terça-feira, 12 de julho de 2011

Piratas? Onde? Quem?

É importante e urgente ver este vídeo. Partilhá-lo também é uma obrigação. E, claro, prosseguir as investigações, questionar a missão Atalanta e indagar que movimentos de cargueiros é que anda no vaivém da Somália...inquirir Espanha e França sobre o lixo tóxico...

http://dotsub.com/view/8446e7d0-e5b4-496a-a6d2-38767e3b520a

Como não consigo fazer o link, hoje, copiem vocês para ver o vídeo. Coloquem as legendas em português.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

dor

A dor não se isola como um vírus ou bactéria. Percebo que é um sintoma e um impulso electro-emocional que podemos interromper com morfina ou auto-sugestão. Mandamo-la para outro lado e "deexistimos" durante os momentos de autoconvencimento. Não nos livramos da dita, mas tratamo-la por tu e como merece.
Psicossomaticamente doi-me o polegar em que as enfermeiras forçaram a pressão para que eu própria largasse o gás para me entontecer e, quiçá, causar uma septicémia. Optei por gritar para dentro, ignorar a dor. Quis viver e optei por um tortuoso caminho.
Vem isto a propósito da dor extrema e das opções que tomamos. Nenhuma é a melhor. A minha irmã lida com a dor dela o melhor que sabe e eu ainda me pergunto o que faria no lugar dela.
Comprei uma nova guitarra e estou a compor... nada sobre a dor ou sobre sofrimento, mas sobre liberdade e beleza absoluta. A vida tem destes mistérios.
E regressei ao meu amor pela História. Reexploro.

O escândalo em Guimarães

Folha salarial da Fundação Cidade de Guimarães ( e porque é que a autarquia não assumiu o trabalho e teve de se criar uma fundação despesista?)

Figurões, da Fundação Cidade de Guimarães, criada para a Capital da Cultura
2012:Folha salarial (da responsabilidade da Câmara Municipal) dos>
administradores e de outros

- Cristina Azevedo - Presidente do Conselho de Administração:
14.300 € (2 860 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 500 € por reunião
- Carla Morais - Administradora Executiva
12.500 € (2 500 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião
- João B. Serra - Administrador Executivo
12.500 € mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião
- Manuel Alves Monteiro - Vogal Executivo
2.000 € mensais + 300 € por reunião

Todos os 15 componentes do Conselho Geral, de entre os quais se destacam Jorge Sampaio, Adriano Moreira, Diogo Freitas do Amaral e Eduardo Lourenço, recebem 300 € por reunião, à excepção do Presidente (Jorge Sampaio) que recebe 500 €.

Em resumo: 1,3 milhões de Euros por ano, em salários. Como a Fundação vai manter-se em funções até finais de 2015, as despesas com pessoal deverão ser de quase 8 milhões de Euros !!! Reparem bem: Administradores ganhando mais do que o PR e o PM !

*Esta obscenidade acontece numa região, como a do Vale do Ave, onde o desemprego ronda os 15 % !!! Alguém acredita em leis anti-corrupção feita por corruptos?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Nada me faltará

Última crónica de Maria José Nogueira Pinto no Diário de Notícias




Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.

Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.

Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.

Convicções que partem de uma fé profunda no amor de Cristo, que sempre nos diz - como repetiu João Paulo II - "não tenhais medo". Graças a Deus nunca tive medo. Nem das fugas, nem dos exílios, nem da perseguição, nem da incerteza. Nem da vida, nem na morte. Suportei as rodas baixas da fortuna, partilhei a humilhação da diáspora dos portugueses de África, conheci o exílio no Brasil e em Espanha. Aprendi a levar a pátria na sola dos sapatos.

Como no salmo, o Senhor foi sempre o meu pastor e por isso nada me faltou -mesmo quando faltava tudo.

Regressada a Portugal, concluí o meu curso e iniciei uma actividade profissional em que procurei sempre servir o Estado e a comunidade com lealdade e com coerência.

Gostei de trabalhar no serviço público, quer em funções de aconselhamento ou assessoria quer como responsável de grandes organizações. Procurei fazer o melhor pelas instituições e pelos que nelas trabalhavam, cuidando dos que por elas eram assistidos. Nunca critérios do sectarismo político moveram ou influenciaram os meus juízos na escolha de colaboradores ou na sua avaliação.

Combatendo ideias e políticas que considerei erradas ou nocivas para o bem comum, sempre respeitei, como pessoas, os seus defensores por convicção, os meus adversários.

A política activa, partidária, também foi importante para mim. Vivi--a com racionalidade, mas também com emoção e até com paixão. Tentei subordiná-la a valores e crenças superiores. E seguir regras éticas também nos meios. Fui deputada, líder parlamentar e vereadora por Lisboa pelo CDS-PP, e depois eleita por duas vezes deputada independente nas listas do PSD.

Também aqui servi o melhor que soube e pude. Bati- -me por causas cívicas, umas vitoriosas, outras derrotadas, desde a defesa da unidade do país contra regionalismos centrífugos, até à defesa da vida e dos mais fracos entre os fracos. Foi em nome deles e das causas em que acredito que, além do combate político directo na representação popular, intervim com regularidade na televisão, rádio, jornais, como aqui no DN.

Nas fraquezas e limites da condição humana, tentei travar esse bom combate de que fala o apóstolo Paulo. E guardei a Fé.

Tem sido bom viver estes tempos felizes e difíceis, porque uma vida boa não é uma boa vida. Estou agora num combate mais pessoal, contra um inimigo subtil, silencioso, traiçoeiro. Neste combate conto com a ciência dos homens e com a graça de Deus, Pai de nós todos, para não ter medo. E também com a família e com os amigos. Esperando o pior, mas confiando no melhor.

Seja qual for o desfecho, como o Senhor é meu pastor, nada me faltará.

sábado, 2 de julho de 2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Libertação de reféns dos talibãs afegãos


Os dois jornalistas da France Trois, reféns no Afeganistão, foram LIBERTADOS. Já estávamos a perder a esperança, desconfiávamos do silênciio...Hervé Ghesquière e Stéphane Taponier estiveram sequestrados pelos talibãs entre dezembro de 2009 e juinho 2011.

Grécia sobe impostos para receber 2° pacote da ajuda

Os impostos parecem ser a preocupação central do plano de austeridade de Papandreu e dos credores da Grécia. Mas não o dinheiro de quem foge aos impostos.
 
O novo plano contempla medidas para arrecadar mais de 14,09 mil milhões de euros em impostos nos próximos quatro anos, ou seja, 649 milhões de euros a mais do que na versão inicial, anunciada em meados de junho.
  
Entre essas subidas de impostos, a nova taxa solidária que supõe uma retenção fiscal de 1 a 5 % sobre os impostos de quem ganha mais de 12 mil euros por ano.
 
Calcula-se que esta medida faça ganhar ao erário público 1,38 mil milhões de euros .
 
O IVA de bares e restaurantes vai passar de 13 para 23%

A isenção fiscal passa a ser apenas para quem ganha 8 mil euros anuais e não, como anteriormente, até 12 mil euros.
 
Também se cria um imposto sobre os bens de luxo, iates, piscinas e carros.
 
E aumenta o imposto sobre a propriedade.
 .
 
Os impostos e quem os paga é um assunto que suscita polémica na Grécia.
Até o novo ministro das Finanças reconheceu as injustiças do sistema, ao mesmo tempo em que pediu ao Parlamento para aprovar o seu plano.
 
"A nossa principal prioridade é estabelecer um novo sistema de impostos, que tenha uma ampla aceitação, que ponha fim à flagrante injustiça que faz com que quem não foge aos impostos pague mais do que quem foge."
 
Mas Venizelos e Papandreou vão ter dificuldades em convencer à oposição a apoiá-los. Os apelos ao patriotismo caem em saco roto, tanto na ala mais esquerdista do governamento como na ala da direita da Nova Democracia.
Este é o prognóstico do analista George Tzogopoulos:
 
"Acho que o líder de Nova Democracia vai pedir a convocação de eleições antecipadas e a opinião pública continuará a sentir-se defraudada no futuro."
  
 
Na rua o sentimento dominante é de revolta: as novas medidas cortam entre 3 e 4 por cento dos rendimentos da classe média grega. Muitos consideram que as medidas se fazem à conta de quem paga os seus impostos e são inúteis na hora de lutar contra quem pratica as fraudes.
 
.
 

Programa do Governo

Programa do Governo, leia aqui
teste---a ver vamos---

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Bug ou virus

Não consigo tirar gralhas, por e dispor dos posts há uns dias... tenho de deixar de escrever até encontrar a raiz do prolema ou o hacker da questão.
Estou a conseguir resultados...no entanto...

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Porcissão alegre de Villaret

http://www.youtube.com/watch?v=YsDJBCLWvdo

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Patricia antes de montar o atelier no quarto..

miniatural que sou

Sempre achei que os amigos e familiares que morrem se somam, de algum modo, ao que somos, profundamente, na nossa Alma. Assim, o percurso dos meus amigos e dos meus muito queridos avós, tios, irmãos de sangue ou de vida, acresce ao meu como se a natureza nos abarcasse em todo e não individualmente.
Agora, que estamos a passar tão mal com esta agressiva doença da Tuxa, lembro que ela era a texuguinha mais terrorista do bando, que era curiosa, que gostava de cores e tinha mau feitio, que era uma artista incompreendida e ao mesmo tempo tão abordável, que amava os seus e se afastava quando ficava de mau humor (para os poupar),, que era uma amante nota 10, segundo alguns rumores, uma reconstrutora de sorrisos e um mimo que exigia mimos. A Tuxa era uma artista no melhor sentido da palavra.

Crónica de Manuel António Pina - EP

Reproduzo, pelo interesse público da má ou boa gestao da coisa pública


Casualidade, causalidade


Talvez tenha visto mal mas não me apercebi de que, como vem sendo feito na Net, algum jornal se tenha ainda interrogado sobre a sucessão de três notícias em pouco mais de dois meses que, isoladas, talvez só tivessem lugar nas páginas de Economia mas que, juntas, e com um director ou um chefe de redacção curiosos de acasos, até poderiam ter sido manchete.

A primeira, de 16 de Março, a da renúncia - dois anos antes do termo do seu mandato - de Almerindo Marques à presidência da Estradas de Portugal (para que fora nomeado em 2007 pelo então ministro Mário Lino), declarando ao DE que "no essencial, est[ava] feito o [s]eu trabalho de gestão".

A segunda, de 11 de Maio, a de uma auditoria do Tribunal de Contas à Estradas de Portugal, revelando que, com a renegociação de contratos, a dívida do Estado às concessionárias das SCUT passara de 178 milhões para 10 mil milhões de euros em rendas fixas, dos quais mais de metade (5 400 milhões) coubera ao consórcio Ascendi, liderada pela Mota-Engil e pelo Grupo Espírito Santo. Mais: que dessa renegociação resultara que o Estado receberá, este ano, 250 milhões de portagens das SCUT e pagará... 650 milhões em rendas.

E a terceira, de há poucos dias, a de que Almerindo Marques irá liderar a "Opway", construtora do Grupo Espírito Santo.

O mais certo, porém, é que tais notícias não tenham nada a ver umas com as outras, que a sua sucessão seja casual e não causal.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Oceanos estão a morrer

Os oceanos estão à beira da catástrofe. 27 cientistas reunidos pelo Programa Internacional sobre o Estado do Oceano e IUCN, anunciam uma extinção em massa de espécies marítimas comparável à dos dinossauros.
Submetidos a um aumento das temperaturas, à pesca excessiva  e à crescente poluição, as águas apresentam já todos os sintomas que antecedem as extinções em massa.
 
O alerta foi dado num relatório dos 27 especialistas de seis países – que se reuniram em Abril na Universidade de Oxford.
 
Os cientistas traçam um cenário catastrófico. Entre os sinais está o sobre-aquecimento dos oceanos e a sua acidificação, que reduz os níveis de oxigénio na água.
 
As conclusões deste relatório serão apresentadas na sede da ONU em Nova Iorque ainda esta semana, quando os representantes governamentais começarem a discutir a reforma da gestão dos oceanos.
 
 
Cinco extinções em massa foram registadas após calamidades naturais, durante as quais mais de 50% das espécies existentes desapareceram.
    
No Brasil, em janeiro passado, apareceram 100 toneladas de sardinhas mortas.
 
Noutros locais são outras espécies como as mangueiras que estão a desaparecer a um ritmo sem precedentes e bem mais rápido do que anunciavam os piores prognósticos.
 
Ecossistemas marinhos inteiros, como os recifes de coral, podem desaparecer numa geração.
  
A culpa desta degeneração é a sinergia de três fatores também presentes nas passadas extinções em massa:
  
A diminuição ou o desaparecimento do oxigénio da água do mar, que multiplica as zonas mortas, a acidificaço da poluiço e o aquecimento do oceano.
 
Os cientistas assinalam que o tempo de reação se esgota e propõem soluções urgentes.
 
 
Para começar, a redução imediata das emissões de CO2. Principais responsáveis pelo reaquecimento climático, as emissões de gases com efeito estufa não diminuem.
Em 2010, aumentaram 5% superando o recorde de 2008.
 
Há que agir com urgência para preservar as reservas de peixe, diminuir as quotas de pesca, fechar as zonas de espcies ameaçadas e estabelecer reservas de biodiversidade marinha.
  
Tem de ser feito um controlo rigoroso da contaminação devida ao aos produtos tóxicos lançados ao mar, como as águas residuaises, os fertilizantes, etc.
Os cientistas recomendam também garantias para uma exploração segura dos recursos minerais e energéticos do mar. Este ponto inclui também a instalação de gasodutos e de cabos submarinos utilizados pelas turbinas eólicas.
  
Por último, pedem à ONU que assuma a responsabilidade da boa gestão dos oceanos a cima das jurisdições nacionais.