segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Interagir com a lua



Laurent Laveder criou a série Moon Games, composta por diversas imagens que mostram pessoas interagindo com a Lua.



Capturando as cenas por um ângulo específico, o artista faz parecer que o satélite está realmente ao alcance das mãos dos homens e mulheres que, posando para as lentes do artista, brincam com ele ou pousam-no na chávena de café.



Especializado em fotos do céu, Laveder faz parte do coletivo The World At Night, que reúne 30 dos melhores astrofotógrafos do planeta.






segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O que Khadafi fez em Lisboa e com quem

A procurar info's sobre as loucuras de Khadafi em Portugal, além da tenda em São Julião da Barra e os soldados de metralhadora a impedirem o acesso dos portugueses ao local, vejam bem o que encontrei!

em Blog "ruptura vizela"

Zita Seabra (uma mulher íntegra sem papas na língua) aborda o convite e a recusa em ir a esta conferência de géneros... Sócrates, pelos vistos, aprendeu com o excêntrico tirano...

Almoço de género ou género de almoço?


Em festa (parece), o primeiro-ministro decidiu comemorar os 100 dias do seu Governo com um gesto inédito de que certamente se lembrou um dos génios da propaganda governamental. Decidiu oferecer um almoço às ministras do seu Governo. Logo aí começa o incómodo: às senhoras ministras. Não, como são socialistas, às mulheres ministras. As meninas secretárias de Estado também foram convidadas. Como fica bem nestas coisas, convidaram - e, como se faz em casa, juntaram mais uma - senhoras para perfazer 12. Doze à mesa como os apóstolos. Um almoço oficial em que critério é serem mulheres ministras ou mulheres secretárias de Estado.

Oficialmente, andam os governos PS há anos a combater divisões por sexo e a substituí-las pelo conceito moderno e progressista de género. Mudam nomes de comissões que foram da condição feminina e passaram a ser de igualdade de género, mudam diplomas, editam revistas, fazem leis, criam ONG para garantir a igualdade de género, para afinal o primeiro-ministro almoçar com mulheres.

O ano passado esteve cá o presidente da Líbia e eu recebi (era deputada) um convite para um cocktail numa tenda em Belém. Muammar Khadafi convidava mulheres, só mulheres portuguesas, 500 para a luxuosa tenda. Eu achei o convite de mau gosto e que certamente só ocorreria a um rei ou a um presidente vindo do deserto da Líbia, e recusei ir.

Agora, subitamente, o primeiro-ministro decide comemorar os 100 dias de Governo dividindo governantes em função do sexo. Discriminação positiva dirão alguns, logo aceitável, progressista, dentro dos mais modernos padrões de modernidade, uma vez que as mulheres ministras almoçaram e os homens ministros não. Almoço de género (dirão outros) que não discrimina, porque nos 200 dias certamente haverá almoço para o género homens e nos 300 e 400 para os restantes géneros aceites oficialmente.

Esta ideologia "progressista", "moderna", que oscila entre banir as mulheres em nome da igualdade de género e remetê-las para o fim das listas eleitorais para fazer a quota, conduz direitinho a estes almoços de senhoras/meninas ministras e secretárias de Estado - e, como não chegam para compor a mesa, convidam-se outras para fazer número e ficarem honradas com o convite.

Para evitar essa situação, sugiro uma alteração de critérios do convite de almoço nos 200 dias do Governo: o primeiro-ministro pode almoçar com os melhores ministros do seu Governo e teria certamente alguma mulher no almoço. E se, depois almoçar com os piores ministros, também terá de certeza algumas. Outra hipótese será dividir os ministros pela raça ou pela cor da pele, o que é pior ainda, até porque não tem nenhum ministro preto, negro, amarelo ou cigano. Pode então dividi-los por altos e baixos, o que será certamente um critério mais igualitário, apenas com o problema de ter que decidir como contabilizar os tacões das senhoras ministras. É melhor não seguir por aí, tanto mais que medir os convidados não é bonito.

O rei que vai nu

 
A Líbia tem um chefe de estado e um chefe de governo que ninguém conhece. O líder da Líbia não tem legitimidade oficial, apesar de ter retratos em todas as ruas do país, se tenha autoproclamado coronel, guia da revolução e rei dos reis, Muammar Khadafi.
 
Chegou ao poder através de um golpe de estado contra o rei Idris I em 1969.Tinha 27 anos e ia mudar completamente a imagem da Líbia.
Em 1977, Khadafi proclamou a revolução do povo, mudou o nome do país e colocou em marcha os comités revolucionários para substituir os partidos políticos.
 
41 anos mais tarde, sem nunca ter sido eleito - as eleições foram banidas - sem ter nenhuma função oficial, continua a dirigir o estado de seis milhões de habitantes, a concentrar o poder executivo e a proibir qualquer crítica ou oposição ao regime. Como Mao Tsé Tung ou Hitler, Khadafi também escreveu a bíblia do regime, "O livro verde", uma mistura de socialismo e democracia directa.
 
Recentemente, quando sentiu o vento da revolta a soprar, fez algumas concessões: deu ajudas para os artigos de primeira necessidade e facilitou o crédito. A política de Khadafi, ao longo dos anos, permitiu melhorar as condições de vida dos líbios e alguns avanços sociais, nomeadamente para as mulheres.
Há uma lei de 1984 que proibe a poligamia, autoriza o divórcio e defende, entre outras coisas, o casamento livre.

O contraste entre os avanços sócio-económicos e a regressão política é enorme.
Não só os partidos políticos estão interditos como também os sindicatos e as ONG's são toleradas apenas se obedecerem aos princípios da revolução. Os comités revolucionários são baseados na família que forma tribos que constituem a sociedade.

Uma sociedade tribal em que os elos parentais e familiares determinam tudo, até as equipas de futebol.
O que complica as alianças políticas e a oposição, até mesmo a organização de uma contestação. 
 
Khadhafi perseguia o velho sonho de fundar os Estados Unidos de África e de imprimir a teoria da própria revolução no continente. Mas a elite no poder começou a mostrar desconforto, nomeadamente por causa de dois filhos do líder, um revolucionário e outro reformador, favorável à criação de uma sociedade civil. 
 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Internacional Socialista expulsa partido de Mubarak

Mais vale tarde do que nunca:

A Internacional Socialista expulsou hoje o Partido Nacional Democrático (PND), a força política liderada pelo presidente egípcio, Hosni Mubarak.
A expulsão do PND soma-se assim à do partido do recentemente deposto presidente da Tunísia, Zine El Abidide Ben Ali, o Agrupamento Constitucional Democrático (RCD).

A Internacional Socialista, de acordo com as fontes, esperava uma mensagem de Mubarak ao povo do Egipto que mostrasse um claro caminho para a mudança política, social e económica, que não aconteceu.